A Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) embargou mais de 300 mil hectares de terras desde janeiro de 2024. A medida, que equivale a mais de 300 mil campos de futebol, visa coibir práticas ilegais como desmatamento e queimadas, impactando diretamente 10 municípios mato-grossenses.

A Sema-MT, por meio de 276 operações de fiscalização, emitiu mais de 3,1 mil termos de embargo em 2024. Além disso, foram lavrados mais de 3,8 mil autos de infração e 2,8 mil notificações por crimes ambientais.

A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, afirmou que para alcançar esses resultados, a Sema-MT investe em tecnologia de ponta, como satélites de alta precisão, que auxiliam na identificação de áreas desmatadas, mesmo em regiões de difícil acesso.

“Estamos intensificando nossas ações de combate aos crimes ambientais com uma fiscalização rigorosa, resultando não apenas na aplicação de multas, mas também no embargo das áreas onde foram constatadas ilegalidades, e na emissão de autos de infração. Esses procedimentos são essenciais para coibir que as práticas criminosas continuem ocorrendo, uma vez que permitem a responsabilização dos infratores de maneira efetiva e interrompem as atividades danosas”, observa a secretária.

Ranking de municípios com mais embargos ambientais
As áreas embargadas pela Sema são cadastradas no Portal da Transparência do Governo de Mato Grosso. Desses municípios, seis figuram no ranking de maior área de desmatamento do Monitor de Fiscalização do MapBiomas.

“O histórico ambiental é um fator importante para as instituições financeiras, de forma que a disponibilização dos dados é uma importante ferramenta para a conscientização e responsabilização ambiental, uma vez que podem dificultar significativamente o acesso dos infratores a créditos bancários. Com isso, estamos mostrando na prática que Mato Grosso não tolera o crime ambiental”, finaliza a secretária.

Os municípios de Marcelândia, Barão de Melgaço e Nova Maringá lideram o ranking de áreas embargadas em Mato Grosso. Confira o ranking abaixo:

1º – Marcelândia (22,2 mil hectares)
2º – Barão de Melgaço (20,1 mil ha)
3º – Nova Maringá (12,3 mil ha)
4º – Porto dos Gaúchos (11,9 mil ha)
5º – Colniza (9,4 mil ha)
6º – Aripuanã (8 mil ha)
7º – Cocalinho (7,5 mil ha)
8º – União do Sul (7,4 mil ha)
9º – Cáceres (7,2 mil ha)
10º – Paranatinga (6,3 mil ha).

CNN.