Na última quinta-feira (07), a Prefeitura de Marechal Cândido Rondon realizou o evento “Violência contra a mulher não tem desculpa”, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). A iniciativa, organizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social em parceria com o Núcleo Maria da Penha (NUMAPE), teve como público principal os idosos atendidos pela rede de assistência social do município.

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A atividade, conduzida pela orientadora social Ana Luiza Wnuk, responsável pelos grupos de idosos, integrou o calendário de ações alusivas ao aniversário da Lei Maria da Penha. O objetivo foi conscientizar sobre a importância de conhecer os direitos e combater todas as formas de violência contra a mulher.

A abertura contou com a participação da secretária de Assistência Social e primeira-dama, Andria Backes, que destacou a relevância do encontro e apresentou ações previstas para o mês, como a instalação de bancos lilás em pontos estratégicos da cidade. Esses bancos terão função simbólica e prática: mulheres que precisarem de ajuda poderão utilizá-los como sinal de pedido de acolhimento.

A programação também teve apresentações culturais, com o professor de acordeon Adelar Zastrow e dois alunos, além do estudante da Unioeste, Nathan de Oliveira Santos, no violão.

Temas e discussões

O momento central do evento foi a roda de conversa com Maria Isabel Formoso Cardoso e Silva, o psicólogo Carlos Eduardo Steffens Nabinger e a advogada Ana Gabriela Mônica Brod. Eles apresentaram a história e a importância da Lei Maria da Penha, explicaram os tipos de violência — física, psicológica, patrimonial, moral e sexual — e abriram espaço para relatos e perguntas do público.

Após um intervalo para o café, Luan Alisson Seiji Furucho deu continuidade às discussões, abordando aspectos legais e comportamentais da violência doméstica, respondendo de forma clara e acolhedora às dúvidas dos participantes.

Participação ativa

As falas e atividades foram especialmente planejadas para o público idoso, valorizando suas vivências. Mesmo quem nunca enfrentou situações de violência foi incentivado a se reconhecer como agente de apoio em sua comunidade e família. O engajamento foi evidente: os participantes interagiram, fizeram perguntas e compartilharam opiniões durante toda a tarde.

Canais de denúncia

O encontro reforçou a importância de divulgar os canais de denúncia, como o Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher), o Disque 100 (Direitos Humanos), além dos contatos do CREAS e do NUMAPE.

A proximidade da data com o aniversário da Lei Maria da Penha destacou o compromisso do município no enfrentamento à violência de gênero e na superação de conceitos ultrapassados, como o de que “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. A mensagem deixada foi clara: a sociedade deve intervir, acolher e proteger, garantindo os direitos das mulheres em todas as fases da vida.

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