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Terça-feira, 24 de Setembro de 2024

Líbano tem dia com mais mortes por ataques israelenses desde guerra de 2006

Comunidade internacional observa aumento da tensão no Oriente Médio

O número de mortos resultante dos ataques aéreos de Israel no sul e no leste do Líbano, onde o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, tem uma forte presença, marca a escalada mais mortal desde o conflito de 2006.

A guerra entre Israel e o Líbano no período, que incluiu uma campanha aérea, naval e terrestre das forças israelenses, devastou grande parte do país. No ano de 2006, ataques israelenses deixaram mais de mil libaneses mortos, incluindo cerca de 250 integrantes do Hezbollah, enquanto o grupo libanês deixou 121 soldados e 43 civis mortos no lado adversário através de ataques por foguetes.

Uma trégua foi mantida entre o Líbano e Israel nos anos entre a guerra de 2006 e o ​​início do conflito entre Hezbollah e Israel em 8 de outubro de 2023.

O conflito atual, que se estendeu principalmente por cerca de quatro quilômetros em ambos os lados da fronteira, aumentou significativamente depois que o gabinete de guerra de Israel priorizou formalmente a repatriação dos residentes deslocados mais ao norte do território, na última terça-feira (17).

Desde então, os ataques contra o Hezbollah, muitos acontecendo em áreas civis densamente povoadas, desencadearam um aumento no número de mortos, com integrantes e também civis entre as vítimas.

Pelo menos 492 pessoas foram mortas em ataques israelenses nesta segunda-feira (23) e 1600 pessoas ficaram feridas. Mulheres, crianças e médicos estão entre os mortos e feridos, segundo informações do Ministério da Saúde do Líbano.

Não está claro quantas das vítimas são civis ou integrantes do Hezbollah, mas muitos dos locais descritos por Israel são residenciais.

À medida que os ataques aéreos israelenses continuam atingindo o sul e o leste do Líbano, causando nuvens de fumaça e provocando deslocamento em massa de civis, há ecos da guerra de 2006. Cada vez mais, as pessoas descrevem o conflito como uma guerra em tudo, menos no nome. E há receios crescentes de que o país esteja à beira de uma violência mais catastrófica do que a guerra do período em questão.

CNN