Notícias da Região | Cárcere privado
Sexta-feira, 19 de Setembro de 2025
Jovem foge do padrasto após passar 22 anos sob abusos e cárcere privado, no Paraná
Ela conseguiu fugir após dizer ao homem que precisava levar filhos a um posto de saúde, mas foi para a delegacia da Polícia Civil. Abusos começaram quando vítima tinha 7 anos e era enteada do suspeito
Uma mulher de 29 anos denunciou à polícia que foi abusada pelo próprio padrasto e mantida em cárcere privado por ele durante 22 anos em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
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Ela conseguiu fugir nesta terça-feira (16), quando alegou ao homem que precisava levar os filhos a um posto de saúde, mas foi para a delegacia da Polícia Civil.
O nome do suspeito não foi revelado pela polícia devido à lei de abuso de autoridade.
Segundo o delegado Eduardo Kruger, a vítima relatou que os abusos começaram quando ela tinha sete anos, época em que a mãe dela ainda era casada com o homem, que atualmente tem 51 anos.
"Aos 15 anos, a vítima engravidou. O homem se separou da mãe dela e a obrigou a manter um relacionamento com ele. Eles tiveram três filhos", conta o delegado, que classificou esse caso como "um dos mais bárbaros que já se 'presenciou'".
Conforme Kruger, o homem também obrigava a vítima a se relacionar com outros homens e registrava os abusos em vídeo.
De acordo com a corporação, enquanto a mulher estava na delegacia, o suspeito ligou mais de 30 vezes e mandou mais de 15 mensagens de áudio, sendo que algumas continham ameaças.
A polícia foi até a casa onde o homem estava e o prendeu em flagrante.
Na casa, a polícia apreendeu as câmeras utilizadas para monitoramento e vídeos dos abusos no celular do indivíduo.
A Justiça converteu a prisão do homem em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.
A vítima e os filhos foram acolhidos e encaminhados para um local seguro, enquanto aguardam análise das medidas protetivas de urgência, segundo a polícia.
Controle emocional e por vídeo
Segundo a polícia, o agressor controlava a vítima emocionalmente para mantê-la em cárcere privado. A vítima também sofria agressões físicas e era monitorada por câmeras espalhadas pela casa.
"Ela saía de casa raras vezes e o homem controlava de minuto em minuto o que ela estava fazendo", conta o delegado.
No inquérito, estão sendo investigados sete crimes:
- estupro de vulnerável;
- estupro;
- privação da liberdade;
- ameaças;
- perseguição;
- violência psicológica;
- e dano emocional.
Juntos, os crimes podem render uma pena de mais de 100 anos de prisão, em caso de condenação.
AquiAgora.net com informações de G1 Paraná








