O grupo radical islâmico palestino Hamas recebeu um projeto de proposta das negociações de trégua na Faixa de Gaza em Paris, que inclui uma pausa de 40 dias em todas as operações militares e a troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses em uma proporção de 10 para um, disse uma fonte próxima às negociações à Reuters nesta terça-feira (27).

Segundo o cessar-fogo proposto, hospitais e padarias em Gaza seriam reparados, 500 caminhões de ajuda entrariam na faixa todos os dias e milhares de tendas e caravanas seriam entregues para alojar os deslocados, disse a fonte.

O projeto também afirma, segundo a fonte, que o Hamas libertaria 40 reféns israelenses, incluindo mulheres, pessoas menores de 19 anos, idosos com mais de 50 anos e doentes, enquanto Israel libertaria cerca de 400 prisioneiros palestinos e não os prenderia novamente.

As conversações de trégua em Gaza parecem ser o esforço mais sério em semanas para pôr fim aos combates no enclave palestino devastado e garantir a libertação de reféns israelenses e estrangeiros.

Os mediadores intensificaram os esforços para garantir um cessar-fogo em Gaza, na esperança de impedir um ataque de Israel à cidade de Rafah, fronteira com o Egito na Faixa de Gaza, onde mais de um milhão de pessoas deslocadas estão abrigadas no extremo sul.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que Israel concordou em não se envolver em atividades militares durante o Ramadã na Faixa de Gaza, que deverá começar na noite de 10 de março de 2024 e terminar na noite de 9 de abril de 2024.

Biden, cujos comentários foram gravados na segunda-feira e transmitidos no programa “Late Night with Seth Meyers on Tuesday” da NBC, disse que Israel se comprometeu a tornar possível a evacuação dos palestinos de Rafah, no sul de Gaza, antes de intensificar sua campanha para destruir o Hamas.

Depois que o Hamas matou 1.200 pessoas e capturou 253 reféns em 7 de outubro, Israel lançou um ataque terrestre a Gaza, com quase 30 mil pessoas confirmadas como mortas, segundo as autoridades de saúde palestinas.

CNN