O Grêmio fez um enfrentamento à altura do Corinthians dentro da Neo Química Arena. O técnico Renato Portaluppi optou por um esquema com três zagueiros e a equipe esteve na frente do placar por duas vezes no empate em 2 a 2. Entre as polêmicas de arbitragem, o Tricolor deixou escapar a chance de sair do Z-4 e colocou um gosto amargo no resultado.

O tom do discurso após a partida foi, primeiro, de indgnação pelas decisões da arbitragem - mais uma vez. Mas o Tricolor lamentou o empate em Itaquera e mostrou que tem condições de reagir para sair da zona de rebaixamento e avançar na Copa do Brasil, contra o mesmo adversário desta quinta-feira.

O contexto da partida deixou o resultado final um tanto quanto decepcionante, ainda mais com um pênalti tão reclamado por Renato e dirigentes do clube. Mas convenhamos. O empate não era considerado mau resultado antes do jogo, considerando que o Corinthians estava embalado com duas vitórias seguidas.

O Grêmio mostrou que, mesmo que ainda tenha desfalques importantes, pode encontrar soluções e o elenco tem capacidade para sair da zona de rebaixamento. O time subiu para a 17ª posição mesmo com o empate. Tem quatro pontos conquistados nos últimos seis disputados.

Antes mesmo da bola rolar, Renato surpreendeu ao escalar um esquema diferente com três zagueiros. Deu certo. Com um minuto de jogo, Cristaldo tocou para Soteldo em cobrança de falta, que driblou Garro e colocou na área para Ely marcar de cabeça.

- De vez em quando temos que reinventar o Grêmio, apesar que não tenho esse tempo. Quando você muda o esquema precisa de tempo para treinar. Estamos treinando pouco, mas os jogadores assimilaram bem o esquema. Fizemos uma belíssima partida, se tivesse que haver um vencedor era o Grêmio - analisou o técnico gremista.

O time gremista se comportava bem na partida, apesar de alguma dificuldade no encaixe da marcação, mas aos 19 minutos, o árbitro Alex Gomes Stefano foi chamado para analisar possível pênalti de Kannemann em Romero. Após revisão, a decisão foi pela penalidade e pautou o pós-jogo.

Em campo, o Grêmio mostrou ânimos acirrados, mas relevou e continuou competitivo em minutos que tiveram pouco futebol e muitas faltas. A volta de Cristaldo deu dinamismo e criatividade ao meio-campo, principalmente pelas transições rápidas da defesa ao ataque.

No fim do primeiro tempo, o camisa 10 aproveitou a assistência de Nathan e balançou a rede, mas o assistente assinalou impedimento na origem do lance e o gol foi anulado.

Na volta do intervalo, o Corinthians teve mais a posse de bola, mas o Tricolor, apesar de ser atacado, viu Marchesín ter atuação segura e fazer boas interceptações. Ao mesmo tempo, não deixou de agredir o adversário quando teve chance, inclusive com pressão na marcação.

Aos 30 minutos, Villasanti, que fez a melhor atuação desde que voltou da Copa América, roubou a bola no campo de ataque, entrou na área e colocou o Grêmio na frente do placar pela segunda vez. Neste momento, a equipe gaúcha deixava o Z-4 do Brasileiro.

Na necessidade de reagir, o Corinthians pressionou e Renato mexeu na equipe. Na reta final, os jogadores vacilaram na marcação na entrada da área. Du Queiroz não conseguiu parar Wesley e Pepê errou o bote. Garro dominou e caprichou no chute para empatar novamente a partida.

- É um pouco de falta de atenção de todos. Não podemos levar gols que estamos tomando. Precisamos ter atenção em todos setores do campo para não proporcionar essas oportunidades. Temos que parar de dar isso aos adversários - lamentou Renato.

Cobrei deles esse tipo de gol que não podemos tomar. — Renato Portaluppi, técnico do Grêmio.

É bem verdade que a equipe mostrou evolução nos últimos jogos, o que dá certa esperança. Mas a luta do Grêmio ainda está longe de acabar. Já são 11 rodadas no Z-4 e na próxima rodada, contra o Vasco, será mais uma chance de sair .

G1