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Quinta-feira, 27 de Fevereiro de 2025
Filho preso por matar mãe e padrasto com ajuda de cunhado para herdar empresa vira réu
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) adicionou novas acusações à denúncia contra dois homens acusados de um homicídio e um feminicídio em Itajaí, ocorridos em novembro de 2024. Walter Gonçalves, 24 anos, e um cúmplice, de 18, viraram réus em processo criminal. Os dois estão presos preventivamente no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí.
A acusação, agora, inclui os crimes de furto e fraude processual, com base em novas evidências que revelam detalhes macabros do crime. Os dois respondem por matarem o casal asfixiado em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, com objetivo de obter a herança.
Susimara Gonçalves de Souza, 42 anos, e Pedro Ramiro de Souza, 47 anos, foram assassinados ao chegarem em casa na madrugada de 23 de novembro do ano passado. O filho, acusado do crime, chegou a publicar em suas redes sociais lamentando a morte dos pais: “Irei amar vocês para sempre“.
Novos detalhes do crime
- Furto: Após os homicídios, os acusados teriam subtraído celulares e alianças das vítimas, demonstrando frieza e premeditação.
- Fraude Processual: Os acusados teriam manipulado a cena do crime, buscando simular um assalto e desviar a atenção das autoridades, numa tentativa de dificultar as investigações e garantir a impunidade.
Relembrando o caso
Os acusados são denunciados por planejar e executar o assassinato de um casal em sua residência no bairro Espinheiros, em Itajaí. A motivação do crime seria a ambição de um dos suspeitos, que desejava a herança da mãe e do padrasto. O crime foi executado com a ajuda do cunhado (irmão da namorada de Walter) que receberia uma recompensa financeira.
A dinâmica do crime
- Os acusados teriam aguardado escondidos na residência até o retorno das vítimas, por volta da 1h da madrugada de 23 de novembro.
- Ao entrarem no imóvel, o casal foi atacado de surpresa, sem chance de defesa.
- Os laudos periciais indicam que as mortes foram causadas por asfixia, com o bloqueio das vias respiratórias das vítimas.
- O crime foi premeditado e executado de forma cruel.
Feminicídio e Violência Doméstica
O MPSC destaca que um dos crimes configura feminicídio, pois a vítima foi morta em um contexto de violência doméstica e familiar, fator que agrava a pena dos acusados.
Ação do Ministério Público
- O MPSC ofereceu um aditamento à denúncia original, solicitando que os acusados sejam levados a julgamento pelo Tribunal do Júri.
- O MP requer a fixação de uma indenização mínima de R$ 100 mil aos familiares das vítimas.
- A próxima audiência de instrução e julgamento foi agendada para o mês de março
Fonte: Canoinhas Online