Brasil | Agressão

Quinta-feira, 07 de Março de 2024

Faxineiro é agredido por morador de condomínio no litoral de São Paulo

Caso foi registrado como lesão corporal e injúria na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande

Um faxineiro de 25 anos foi agredido por um morador do condomínio onde trabalha após uma discussão. O caso ocorreu em Praia Grande, no litoral paulista, no último domingo (3).

Em imagens gravadas pelo próprio funcionário, é possível ver o momento em que ele discute com um casal de moradores. A confusão teve início em um elevador e os nomes das pessoas envolvidas não foram divulgados.

Após o bate-boca, o rapaz vai atrás da mulher, que decide descer pelas escadas. Enquanto ela desce, diz ao homem: “Olha, você não conhece o meu marido”. O faxineiro, então, questiona: “Vocês estão querendo dizer o que com isso? É uma ameaça?”

Em outro andar, é possível ver que um outro homem, que seria o marido da mulher com quem o funcionário discutiu, vai atrás dele e lhe desfere socos no rosto. O faxineiro disse que iria chamar a polícia em razão da agressão.

Em um outro momento, o trabalhador volta a discutir com o morador. O faxineiro coloca um dos pés em frente à porta do elevador, para impedir o fechamento. O morador puxa a porta e o funcionário diz: “o senhor está me machucando”.

O morador sai do elevador e entra na escada, onde a discussão continua, e tenta tomar o celular do empregado. A mulher, em diversos momentos, diz a ele para que parasse de ir atrás do casal.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), após a confusão, o funcionário registrou o caso como lesão corporal e injúria na Central de Polícia Judiciária (CPJ) da Praia Grande.

O que diz o condomínio

Segundo a administração do condomínio, a confusão teve início depois que o funcionário avisou o casal para que não utilizasse a entrada social vestindo roupas de banho.

A administração diz que, “em que pese o relatado, o que vemos nas imagens é o funcionário praticando verdadeiro ato de perseguição e importunação em desfavor da condômina, que encarecida e repetidamente pedia para não ser seguida e que não queria problemas ou confusão”.

“É nítido no vídeo que o estresse demonstrado pela condômina teve como causa a importunação direta e insistente por parte do funcionário. A condômina tentou utilizar o elevador e foi seguida; ao desistir do uso do elevador, dirigiu-se a escada, para onde também foi seguida pelo funcionário.”

O condomínio diz “não compactuar com nenhuma ação de violência”, e que “está empenhado na apuração da íntegra dos fatos e, se qualquer agressão tiver de fato ocorrido, serão os condôminos penalizados na forma da convenção coletiva e da lei positivada”.

“Todavia, não há como se ignorar, ao menos em sede de cognição sumária, que o ato de perseguição cometido pelo empregado em detrimento da condômina foi praticado com o nítido condão de agravar a situação de desinteligência, de modo que houve, no mínimo, uma concorrência da suposta vítima no fato alegado”, finaliza a administração.

CNN