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Sexta-feira, 11 de Julho de 2025

Fake News leva a suicídio e reacende debate sobre linchamento digital e responsabilidade em Santa Helena, assista em vídeo

Na sexta-feira (27), uma tragédia comovente abalou Camboriú, em Santa Catarina, quando o jovem Leonardo Garcia, de 28 anos, foi encontrado morto, supostamente tendo tirado a própria vida após ser vítima de uma campanha de difamação nas redes sociais. Acusado injustamente de abandonar um cachorro, Leonardo foi alvo de ataques virtuais que se espalharam rapidamente, sem qualquer verificação. O caso reacendeu o debate sobre os perigos das fake news e a responsabilidade de quem compartilha informações falsas.

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O Correio do Lago também promoveu um debate sobre o tema, com a participação do jornalista José Macedo, do diretor do jornal, Edu Ditz, e da Dra. Aline Ketlyn Muller.  A discussão abordou desde o caso de Santa Catarina até situações semelhantes que ocorrem no município de Santa Helena.

Liberdade de Expressão x Responsabilidade Jurídica

A Dra. Aline destacou que, embora as redes sociais sejam ferramentas importantes para a disseminação de informações, seu uso indevido pode ter consequências graves. "Quando alguém compartilha uma notícia falsa, promove um discurso de ódio que afeta não só a vítima direta, mas toda a sua família e comunidade", explicou.

Ela ressaltou que crimes como calúnia, difamação e injúria são passíveis de punição, mesmo que o autor apague a publicação posteriormente. "O dano já está feito. A vítima pode salvar prints, links e notificar a plataforma, que agora é responsável pelo conteúdo publicado", afirmou.

Caso Local: Perseguição Virtual em Santa Helena

O debate também trouxe à tona um caso local, em que um perfil do interior do município tem difamado pessoas de forma sistemática. Segundo os participantes, o perfil age com apoio político e faz ameaças veladas a quem tentar   processá-lo. Ele diz: ‘Me processe, não tenho nada a perder’. Mas a Justiça está mudando, e descumprir uma ordem judicial pode levar à prisão", alertou a Dra. Aline.

Edu, diretor do Correio do Lago, lembrou que a internet não é "terra sem lei" e que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem endurecido as punições para crimes digitais. "Se alguém financia, compartilha ou até mesmo comenta uma publicação difamatória, pode ser responsabilizado junto com o autor original", destacou.

Como se Proteger?

A Dra Aline orienta as vítimas de difamação a salvar provas: prints, links e registros das publicações ofensivas.

Notificar a plataforma: redes sociais como Facebook e Instagram podem remover o conteúdo e suspender o perfil do agressor;  buscar a Justiça: processos por danos morais e medidas judiciais para impedir novas ofensas.

E ao final faz um apelo a comunidade para que evite compartilhar informações sem checar a fonte. "Ninguém quer ter sangue nas mãos. O caso do Leonardo mostra como uma mentira pode destruir vidas".

Veja também: Fake News e Linchamento Virtual: A Tragédia de Leonardo Garcia e os Perigos da Desinformação

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