Internacionais | Ataque na Cisjordânia
Sexta-feira, 04 de Outubro de 2024
Exército de Israel diz que matou líder do Hamas em ataque na Cisjordânia
Pelo menos 18 pessoas morreram na ofensiva israelense em Tulkarm
Os militares israelenses disseram nesta sexta-feira (4), no horário local, que mataram o chefe da rede do Hamas em um ataque em Tulkarm, na Cisjordânia.
Em uma declaração, os militares identificaram o integrante do Hamas como Zahi Yaser Abd al-Razeq Oufi.
Pelo menos 18 pessoas foram mortas no ataque israelense no campo de refugiados de Tulkarm na Cisjordânia ocupada, disse o Ministério da Saúde palestino, atualizando o número anterior de mortos que era de 16.
O gabinete do primeiro-ministro da Autoridade Palestina condenou o ataque, chamando-o de “crime hediondo”, e exigiu ação urgente da comunidade internacional para encerrar os ataques de Israel.
“Já passou da hora de a comunidade internacional pôr fim a esses crimes em andamento, que não têm paralelo na história contemporânea”, disse o gabinete em um comunicado.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.
CNN