Notícias da Região | Santa Helena
Quarta-feira, 30 de Julho de 2025
Dois meses do desaparecimento e 45 dias após encontrado corpo de mulher brasileira no PY, caso ainda é uma incógnita
No dia 30 de maio deste ano, Lucinéia Gomes Ribeiro, residente em Mbaracayú, teria sido deixada pelo seu filho no Porto Índio, pois ela iria atravessar o lago para chegar a Santa Helena, via Porto Internacional, onde possuía duas casas, uma alugada e outra que utilizava quando de sua estada na cidade.
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De acordo com um boletim de polícia (foto abaixo, última frase), não há registros da entrada dela pela Polícia Federal da aduana local naqueles dias.
A partir daquele dia até 15 dias depois, Lucinéia não foi mais encontrada e nenhuma notícia sobre ela, tinha sido conseguida pelos familiares e amigos.
A queixa do desaparecimento teria sido feita pelo marido dela, somente no sábado dia 16 e o corpo foi encontrado no outro dia, domingo dia 17 de junho, semienterrado nos fundos de uma propriedade da família em Mbaracayú, com marcas de extrema violência. Quatro dias antes, ele registrou queixa na Delegacia de Santa Helena, PR, lado brasileiro.
No depoimento na Fiscalia, ele teria dito que não deu queixa antes porque a mulher era acostumada a ficar vários dias fora de casa em Santa Helena.
Segundo o que foi anunciado pela criminalística, pelo estado em que foi encontrada, a mulher teria sido morta há pelo menos 10 dias antes do achado do cadáver. Além de fratura na mandíbula, um tiro na nuca e ácido derramado no corpo para adiantar a decomposição.
Lucinéia tinha a mãe residente em Santa Helena e que está acamada, vítima de um AVC desde novembro do ano passado.
Parentes de Cascavel e de Quedas do Iguaçu, também no Paraná, disseram que desde o velório, o marido viúvo Sadi Antônio Vargas e os filhos do casal, não mantiveram mais contato com eles.
Alguns dias após o sepultamento ocorrido no Paraguai, cumprindo protocolo de investigações, a polícia recolheu um automóvel que foi utilizado por Luís Vargas filho de Lucineia Gomes Ribeiro, para levar sua mãe, supostamente até o Porto Índio no dia 30 de maio.
Também foram recolhidas armas, munições intactas e alguns cartuchos deflagrados, além de objetos do interior da residência onde ela vivia com marido Sadi no distrito (município) de Mbaracayú, departamento (estado) de Alto Paraná, Paraguai.
Tudo o que foi recolhido fez parte da estratégia de investigação criminal que está sendo levada a efeito pelas forças de segurança e o poder judiciário daquele país, até em função da grande repercussão que o caso tem, tanto de um lado da fronteira, como do outro.
Segundo informações repassadas ao Fonte Extra, diante do avanço das investigações e novas evidências, no sábado passado, dia 26, foi feita mais uma busca numa área da residência no Paraguai, quando se tentaria colher depoimento do marido e filhos. Não foi encontrado ninguém e segundo o que foi apurado, eles teriam se deslocado a Santa Helena, no lado brasileiro.
Depois houve contato com o promotor Fidel Godoy e tanto pai, que é o viúvo, como um dos filhos, Luís, se comprometeram de se apresentar na Fiscalia (promotoria) que investiga o caso entre ontem (29) e hoje.
Eles teriam se dirigido a Santa Helena, segundo informaram, para cuidar da saúde de Sadi, que estaria debilitada. Na cidade, conforme apurou a reportagem, Sadi conversou com uma pessoa. Ele estaria irreconhecível, de barba grande e emotivo, chorando e dizendo que a vida dele tinha virado um inferno.
O integrante do Ministério Público do Paraguai, Fidel Godoy informou também que solicitou ao juiz para colher o depoimento de parentes brasileiros de Lucinéia, a mulher morta.
Fonte Extra
Cópia do B.O. feito na DP de Santa Helena (reprodução)







