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Sábado, 05 de Outubro de 2024
Cupertino escreve carta, pede liberdade e diz que processo “está contaminado”
Justiça de São Paulo negou pedido de liberdade e não reconheceu alegações feitas pelo réu
Paulo Cupertino Matias, acusado do assassinato do ex-ator de “Chiquititas”, Rafael Henrique Miguel, e dos pais dele em 2019, enviou um pedido de habeas corpus em uma carta escrita a mão endereçada à Justiça. O pedido de habeas corpus foi apreciado e negado pela Justiça, que não reconheceu as alegações feitas pelo réu.
A carta, a qual a CNN teve acesso, tem nove páginas e, sob a ótica do acusado, condena a mídia dizendo que o processo está contaminado e que as provas de uma suposta “inocência” não seriam levadas em consideração pelos jurados durante o júri, que está marcado para o próximo dia 10 de setembro.
No documento, Paulo Cupertino pede por um juiz imparcial, assim como “toda pessoa acusada de delito tem o direito a que se presuma sua inocência”, segundo a carta.
“Bem antes da minha prisão venho sendo acusado, massacrado e perseguido de formas e informações totalmente desprovidas e mentirosas, “aximos” (sic) e suposições”, diz outro trecho.
Na parte em que condena os veículos que reproduziram reportagens sobre o crime e os três anos em que esteve foragido, Cupertino diz que os jurados podem ter receio de inocentá-lo.
“Terei a oportunidade de defesa que “estará” (sic) sete pessoas do povo, que com todas essas “exposições” (sico) e contaminações e formadores de opiniões negativas, formada pelos meios de comunicações, já estarão os jurados “infequitados” (sic) com o vírus da mídia e das irregularidades que “constão” (sic) nesse caso e sem contar o medo e o receio de pessoas e provas e tudo que possa provar minha “inocência”, diz.
Por fim, Cupertino reconhece que passou três anos foragido e que não se entregou por temer pela própria vida. Além disso, pede que o processo volte à fase inicial.
CNN