Cinco pessoas, incluindo uma criança, morreram em uma tentativa de atravessar o Canal da Mancha da França para o Reino Unido em um barco superlotado nesta terça-feira (23), disse a polícia local.

Cerca de 110 migrantes estavam no pequeno barco quando o pânico começou, disse a polícia.

Nem a polícia nem a guarda costeira sabiam dizer quantas pessoas haviam sido resgatadas ou poderiam estar desaparecidas.

“O número provisório de mortos é de cinco pessoas: três homens, uma mulher e uma criança”, disse um funcionário da polícia.

“Depois de ficar inicialmente preso na costa, o barco partiu para o mar novamente. Um movimento de multidão aparentemente ocorreu no barco sobrecarregado, causando várias vítimas.

A guarda costeira ainda estava realizando operações de busca e resgate no mar, disse um porta-voz, depois do que o oficial chamou de uma manhã “movimentada”, com várias tentativas de travessia.

As tentativas ocorreram depois que a câmara alta do parlamento britânico aprovou uma legislação na segunda-feira (22) à noite que permitirá que o governo do Reino Unido envie requerentes de asilo para Ruanda ao invés de ficarem no Reino Unido para processamento.

“Essas tragédias têm que parar”, disse o secretário britânico do Interior, James Cleverly, sobre as cinco novas mortes de migrantes no mar.

Parar o fluxo de migrantes é uma prioridade para o governo do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, que diz que o plano de Ruanda funcionará como um impedimento. Grupos de direitos humanos e outros críticos dizem que é desumano.

Dezenas de milhares de migrantes – muitos fugindo de guerras e da pobreza na África, Oriente Médio e Ásia – chegaram ao Reino Unido nos últimos anos atravessando o Canal em pequenas embarcações em viagens arriscadas organizadas por gangues de contrabando de pessoas.

O Canal é uma das rotas de navegação mais movimentadas do mundo e as correntes são fortes, tornando perigosa a travessia em pequenos barcos.

Os contrabandistas geralmente sobrecarregam os barcos, deixando-os quase flutuando e correndo o risco de serem atingidos pelas ondas enquanto tentam chegar às costas britânicas.

CNN