Brasil | Animais resgatados

Terça-feira, 07 de Maio de 2024

Chuvas no RS: mais de 5,6 mil animais são salvos em enchentes

Cães são os mais resgatados; abrigos precisam de doações

Além de voluntários, o mutirão conta com agentes da Brigada Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros Militar. Bombeiros e helicópteros emprestados dos governos de São Paulo e Rio de Janeiro também estão sendo usados na operação.

Ao todo, até agora, pelo menos 5.646 animais foram resgatados.

O número não considera, no entanto, a atuação de voluntários e dos municípios, apenas as equipes do estado do Rio Grande do Sul. Em muitos abrigos, animais estão sendo aceitos e acolhidos juntamente com seus tutores.

A fundadora da ONG Campo Bom para Cachorro, Kayanne Braga, estima ter tirado das ruas alagadas cerca de 200 animais. Os voluntários atuam na região do Vale dos Sinos, que fica ao norte de Porto Alegre no sentido de Caxias do Sul.

“Boa parte desses animais a gente faz a triagem no ginásio municipal, com um acampamento que a gente levantou de última hora também, tudo muito novo”, disse ela à CNN. Kayanne ainda conta que retirou de casas alagadas animais que estavam amarrados nos fundos dos imóveis.

Em Santa Cruz do Sul, o trabalho começou na última terça-feira (30), como conta a protetora de animais, Bruna Molz.

“Estávamos ali desde terça de manhã cedinho, vendo as famílias sendo resgatadas. Elas já desciam do bote dos bombeiros chorando e me pedindo ajuda: ‘por favor, volta e pega meu cachorro, pega meu gato, eu não consegui trazer’, porque tem casas que tinham cinco, seis animais”, conta ela.

Em outro cado, uma senhora recusou deixar a cada porque os animais não poderiam ser levados no bote dos bombeiros. “Então os assessores foram lá, resgataram ela com dois gatos e um cachorro e muitas pessoas que não queriam sair devido aos animais”, complementa.

Muitos animais estão abrigados no pavilhão da Oktoberfest, em Santa Cruz.

“Em geral, as equipes de voluntários vivem sob doação. Eles precisam de rações, água, medicamento e veterinários voluntários. “Toda vida importa, ninguém merece ficar para trás”, defende Bruna.

CNN