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Sexta-feira, 27 de Setembro de 2024
Cerca de 140 mil crianças no Líbano foram deslocadas em 4 dias após ataques de Israel, diz ONG
A Save the Children relatou que crianças chegam com sinais de "grave sofrimento"; ministro da saúde do Líbano estima à CNN que haja até 500 mil pessoas deslocadas no país
Os ataques israelenses no Líbano nos últimos quatro dias deslocaram cerca de 140.000 crianças, “com muitas chegando aos abrigos mostrando sinais de grave sofrimento”, disse a a ONG Save the Children em um comunicado nesta quinta-feira (27).
“Mais de 400.000 pessoas foram deslocadas desde o início dos ataques aéreos israelenses no domingo, na mais recente escalada da violência transfronteiriça, com números previstos para aumentar nos próximos dias”, acrescentou o comunicado.
Firass Abiad, ministro da saúde do Líbano, disse à CNN mais cedo nesta quinta-feira que estima que haja provavelmente de 400.000 a 500.000 pessoas deslocadas internamente, muito mais do que os números registrados oficialmente.
Ele disse que as autoridades só sabem quantas pessoas foram deslocadas internamente para abrigos oficiais, mas há “multidões” que também fugiram para ficar com parentes, amigos ou casas de estranhos que lhes ofereceram acomodação.
A equipe da Save the Children expressou preocupação com o impacto psicológico do conflito nas crianças, “muitas das quais estão mostrando sinais de sofrimento severo devido ao deslocamento e aos bombardeios constantes”, de acordo com a declaração.
O grupo humanitário também expressou preocupação com o fechamento de muitas escolas no Líbano, dizendo que isso impactou “todas as 1,5 milhão de crianças do país, com a já crítica crise de saúde mental do Líbano piorando à medida que as hostilidades continuam a aumentar”, disse o comunicado.
“As crianças estão nos dizendo que o perigo está em todo lugar e que elas nunca estarão seguras. Cada som alto as faz pular agora. A vida, os direitos e o futuro de muitas crianças já foram virados de cabeça para baixo e agora sua capacidade de lidar com essa crise crescente foi corroída”, disse Jennifer Moorehead, diretora nacional da Save the Children no Líbano.
CNN