Esporte | Internacional
Sábado, 02 de Novembro de 2024
Cenários adversos conduzem ascensão do Inter e atestam conduta de 'não aceitar derrota'
Colorado empatou quatro partidas, uma com jogador a menos e três nas quais esteve atrás no placar até a reta final
O Inter chegou a 12 jogos de invencibilidade e segue a afirmação do trabalho de Roger Machado. No último desafio, buscou o empate com o Flamengo nos minutos finais, tal qual já havia ocorrido anteriormente. No período sem derrota, a equipe passou por cima de algumas adversidades para desenvolver o espírito de não desistir.
São oito vitórias e quatro empates em mais de dois meses. Quando não conseguiu vencer, o time gaúcho teve de lutar até o fim para evitar o revés e conquistar um ponto. O mesmo vale para outros triunfos.
Por ordem cronológica: no empate sem gols com o Cruzeiro, no Mineirão, o Inter passou boa parte do jogo com um a menos. Rogel foi expulso ainda no primeiro tempo, e Anthoni salvou ao defender pênalti de Kaio Jorge já na reta final de partida.
Em outros dois compromissos fora de casa, teve de correr atrás do prejuízo. Contra o Bragantino, a equipe sofreu a virada, mas Valencia saiu do banco para anotar o empate um minuto depois. Diante do Corinthians, Ricardo Mathias marcou de letra nos acréscimos.
Por fim, a igualdade mais recente foi com o Flamengo, em jogaço no Beira-Rio. A sequência invicta parecia perto do fim após os cariocas saírem na frente e dominarem o placar.
Mas Valencia foi o herói colorado novamente. O equatoriano, outra vez acionado por Roger no segundo tempo, deixou tudo igual aos 43 minutos.
Percalços também nas vitórias
Até mesmo quando venceu, o Inter teve alguns percalços. Os três pontos diante do Fortaleza foram conquistados também na parte final de jogo, com gol de Gustavo Prado. Sobre o Atlético-MG, no sábado passado, enfrentou um "polo aquático" na segunda etapa na Arena MRV.
É a energia de fazer uma equipe resiliente, que não se entrega nunca, não aceita a derrota.
— Roger Machado, técnico do Inter
O empate com o Flamengo não colocou o Inter no G-4 do Brasileirão, mas pelo cenário teve "gostinho de vitória", como destacou Roger. Em mais de um momento, o treinador bateu na tecla de o time não desistir, e a sequência invicta mantida demonstra o amadurecimento do grupo.
– Penso que jogos como esse só nos valorizam. Não é proibido empatar em casa, ainda mais neste contexto. Buscamos três pontos fora contra o Atlético-MG, uma partida muito difícil também. Jogos grandes estão sujeitos a variações de placar e resultados – disse Roger.
A série de 12 partidas iguala a marca do Inter de Abel Braga no Brasileiro de 2020, quando teve o recorde de vitórias seguidas (nove) na era dos pontos corridos. Em 2022, a equipe de Mano Menezes engatou 13 jogos de invencibilidade, próxima de ser igualada neste momento.
A marca pode ser atingida na próxima terça-feira, quando o Inter recebe o Criciúma, no Beira-Rio. Até lá, Roger tem quatro dias para fazer ajustes e manter a ascensão do time descrito por ele que não aceita a derrota.
G1