Notícias da Região | Santa Helena

Terça-feira, 25 de Novembro de 2025

Cabos abandonados da Oi geram prejuízo e risco após desativação da rede de cobre

Uma denúncia em vídeo chegou a redação do Jornal Correio do Lago, expondo a situação de cabos de cobre (metálicos) cortados e abandonados em postes, supostamente deixados pela operadora Oi durante o processo de desativação de sua rede legada.

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O material abandonado não só representa um risco à segurança urbana, como também gera prejuízo para as operadoras de telecomunicações legalizadas que operam na mesma infraestrutura.

O vídeo flagra cabos de cobre, valiosos no mercado de sucata, cortados de forma precária e deixados pendurados. O denunciante aponta que essa prática é resultado da desmobilização da antiga rede de telefonia fixa e banda larga (Oi Velox), já que a empresa tem migrado seus clientes para a fibra óptica.

A venda da sucata bilionária de cobre é uma peça-chave no plano de recuperação judicial da Oi, que busca levantar fundos diante de dívidas que levaram à decretação de falência em novembro de 2025. Contudo, o método de retirada tem sido alvo de críticas.

"Aí o que acontece é que nosso cabo está aqui, eles puxam isso aqui. Aí alguém passa aqui, puxa também, aí derruba todos os cabos baixos, outros cabos e quem paga o preço são as operadoras de telecom que estão legalizadas trabalhando legalmente," afirma o denunciante no vídeo.

O abandono dos cabos cria dois grandes problemas:

Furto de Cabos: O material de cobre pendurado atrai a ação de criminosos, que cortam e roubam o material, causando interrupção de serviços e riscos de acidentes.

Dano à Infraestrutura Compartilhada: O descarte negligente pode levar à queda de cabos e à desorganização dos postes, impactando diretamente os serviços de outras empresas que compartilham a infraestrutura.

A situação ilustra as consequências da complexa reestruturação e falência da Oi. Enquanto a empresa se concentra em vender ativos para pagar credores, a responsabilidade pela remoção completa e segura de sua infraestrutura desativada das vias públicas tem sido questionada.

Os órgãos de fiscalização, como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as prefeituras, são os responsáveis por exigir que as operadoras, mesmo em processo de desmobilização, cumpram as normas de descarte e manutenção da ordem urbana.

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