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Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 2024

Biden critica comentários “perigosos” de Trump sobre a OTAN

Republicano, favorito na eleição presidencial, questionou disposição dos EUA em apoiar membros da aliança militar ocidental em caso de ataque da Rússia

O presidente Joe Biden criticou nesta terça-feira (13) os comentários sobre a OTAN feitos por seu provável adversário eleitoral em 2024, Donald Trump, chamando-os de “perigosos” e “não-americanos”.

Na Casa Branca, o democrata repreendeu duramente o comentário de Trump feito no fim de semana, questionando a disposição dos EUA de apoiar os membros da aliança de defesa ocidental se fossem atacados.

Biden disse que o comentário de Trump torna mais urgente que o Congresso aprove seu pedido de financiamento há muito tempo paralisado para apoiar a defesa da Ucrânia contra a Rússia.

“As apostas já eram altas para a segurança americana antes que esse projeto de lei fosse aprovado no Senado ontem à noite”, disse ele. “Mas nos últimos dias, esse risco aumentou. E isso porque o ex-presidente enviou um sinal perigoso e chocante para o mundo.”

No sábado (10), Trump reclamou durante uma manifestação política na Carolina do Sul sobre o que ele chamou de pagamentos “delinquentes” por membros da OTAN e recontou o que ele disse ser uma conversa passada com o chefe de “um grande país” sobre um potencial ataque da Rússia.

“Não, eu não iria protegê-lo. Na verdade, eu iria incentivá-los (Rússia) a fazer o que os diabos querem. Você tem que pagar”, disse Trump ao líder que não foi nomeado.

Em declarações pedindo que o presidente republicano Mike Johnson leve um pacote de ajuda militar de 95,34 bilhões de dólares para a Ucrânia, Israel e Taiwan a uma votação na Câmara dos Representantes, Biden disse sobre os comentários de Trump: “Pelo amor de Deus, é idiota, é vergonhoso, é perigoso, é antiamericano.”

Biden disse que não apoiar o financiamento da guerra na Ucrânia equivaleria a apoiar o presidente russo, Vladimir Putin, acrescentando que seus ataques podem se mover além das fronteiras da Ucrânia para dentro da Europa.

CNN