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Terça-feira, 23 de Julho de 2024

Benjamin Netanyahu diz que acordo pode estar próximo para reféns em Gaza

Premiê israelense afirma que condições para possível libertação de detidos pelo Hamas "estão amadurecendo"

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse às famílias dos reféns detidos em Gaza que um acordo que garantiria a libertação de seus entes queridos poderia estar próximo, informou seu gabinete nesta terça-feira (23).

“As condições estão amadurecendo”, disse Netanyahu às famílias na segunda-feira (22) em Washington, onde se esperava que ele se encontrasse com o presidente dos EUA, Joe Biden, no final desta semana, após fazer um discurso ao Congresso.

Os esforços para chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza, delineado por Biden em maio e mediado pelo Egito e pelo Catar, ganharam impulso no último mês. Na sexta-feira (19), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que os negociadores estavam “indo em direção à linha do gol”.

Ruby Chen, pai do cidadão americano-israelense Itai Chen, um soldado cujo corpo está detido em Gaza, foi um dos membros da família que se encontrou com Netanyahu.

“Ele disse que as condições estavam amadurecendo, mas estou encarando isso com uma pitada de sal”, disse Chen à Rádio do Exército Israelense.

Chen disse esperar que Biden, que retirou sua candidatura à reeleição e apoiou a vice-presidente Kamala Harris como candidata democrata na votação de novembro, aplique mais pressão sobre Netanyahu para garantir o acordo.

O grupo militante islâmico Hamas invadiu Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns, segundo registros israelenses. O Hamas e outros militantes ainda mantêm 120 reféns, cerca de um terço dos quais foram declarados mortos segundo as autoridades israelenses.

O número de mortos entre palestinos na ofensiva retaliatória de Israel desde então atingiu mais de 39 mil, segundo as autoridades de saúde de Gaza, no enclave administrado pelo Hamas.

Mais de 105 reféns foram libertados de Gaza numa trégua de uma semana em novembro, em troca de 240 prisioneiros palestinos.

CNN