Santa Helena está prestes a dar um importante passo para o fomento da cultura local. Na próxima quinta-feira (05), às 18h30, na Câmara de Vereadores, será realizada uma audiência pública para discutir a aplicação dos recursos da Lei Aldir Blanc no município. A gerente geral de Cultura, Débora Schnorr Zastrow, em entrevista exclusiva fala sobre a importância da participação dos artistas e coletivos culturais na decisão sobre como esses recursos serão utilizados.

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Em entrevista ao Correio do Lago, Débora explicou que a Lei Aldir Blanc, criada durante a pandemia para socorrer a classe artística, tornou-se permanente e ainda prevê quatro parcelas de repasses. “Nessa audiência, vamos explicar como a lei funciona e, principalmente, ouvir os artistas para definir quais projetos serão priorizados”, afirmou.

A gestora ressaltou que o envolvimento dos artistas é crucial: “Muitos reclamam depois que não têm acesso aos recursos, mas não participam das discussões. Se você não estiver lá para dizer o que precisa, como vamos incluir sua demanda nos editais?”, sentenciou Débora

Puxão de orelha para os ausentes

Durante a entrevista, o Edu Ditz deu um puxão de orelha em quem costuma reclamar, mas não se faz presente. “Temos um amigo lá em Moreninha que vive dizendo que nada chega para ele, mas nunca aparece em nenhuma reunião. Se você não participa, não adianta depois culpar a prefeitura ou a cultura”, destacou Edu Ditz, em tom de alerta.

Débora complementou ainda dizendo que “a cultura é feita por músicos, artesãos, dançarinos, escritores, capoeiristas, grupos de teatro e até preservadores de patrimônio. Se você faz parte disso, precisa se manifestar. Quanto mais gente estiver lá, mais chances de o recurso ser direcionado para suas necessidades”.

Além de comparecer à audiência, os artistas devem ficar atentos ao Cadastro Municipal do Artista (disponível online) e ao grupo de WhatsApp onde são divulgados editais locais e nacionais. “Temos editais públicos e privados, como a Lei Rouanet, que podem financiar projetos. Mas, para isso, é preciso estar cadastrado e informado”, completou Débora.

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