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Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2025

Atentado terrorista na Austrália: o que se sabe e o que falta saber

Um ataque a tiros deixou 16 mortos, sendo 15 vítimas e um dos suspeitos, e 40 feridos na praia de Bondi, em Sydney, no domingo (14), durante as celebrações do festival judaico de Hanukkah. O caso foi classificado pelas autoridades como ato terrorista e segue sob investigação.

O atentado ocorreu em uma das áreas mais movimentadas e turísticas da cidade e provocou pânico entre frequentadores da praia e participantes do evento religioso. A polícia isolou a região, mobilizou equipes antiterrorismo e reforçou a segurança em outros pontos de Sydney enquanto apura a motivação do ataque e a possível existência de ameaças associadas.

Veja abaixo o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:

Como ocorreu o ataque?
O atentado aconteceu na praia de Bondi, um dos locais mais movimentados de Sydney, no primeiro dia das celebrações de Hanukkah. O comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, afirmou que o episódio foi oficialmente tratado como um “incidente terrorista”.

Segundo autoridades estaduais, o ataque teria sido planejado para atingir especificamente a comunidade judaica da cidade. O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, declarou que há indícios de que esse grupo era o alvo principal.

A polícia informou que um objeto “que se acredita ser um artefato explosivo” foi retirado de um carro estacionado próximo à praia. Outros itens suspeitos também foram encontrados e passaram por análise de equipes especializadas.

Apesar do ataque, o diretor-geral da agência de inteligência australiana (ASIO), Mike Burgess, afirmou que o nível de ameaça terrorista no país permanece classificado como “provável”, o que indica cerca de 50% de chance de ocorrência de novos atos terroristas.

Quantas pessoas morreram e quantas ficaram feridas?
Ao todo, 16 pessoas morreram no ataque, sendo 15 vítimas e um dos suspeitos, que foi morto durante confronto com a polícia.

As vítimas tinham entre 10 e 87 anos. A mais jovem, uma menina, chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu. Entre os mortos estão o rabino Eli Schlanger, de 41 anos, nascido em Londres, e um cidadão israelense.

O número de feridos chegou a 40 pessoas, que foram atendidas em diferentes hospitais de Sydney. Dois policiais ficaram feridos, e o estado de saúde deles e dos demais feridos foi considerado grave. Um colaborador do Jerusalem Post, Arsen Ostrovsky, também ficou ferido.

O Ministério das Relações Exteriores informou que, até o momento, não há registro de brasileiros entre as vítimas.