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Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024

Análise: resiliente, Inter briga até o fim por empate em nível técnico elevado com o Flamengo

Times fizeram grande jogo no Beira-Rio, e Colorado mostrou força para arrancar o resultado na reta final e manter sequência invicta

O empate do Inter com o Flamengo na noite de quarta-feira, no Beira-Rio, foi descrito por Roger Machado como melhor jogo do ano entre times brasileiros. A sincera opinião do treinador colorado foi motivada pelo ótimo nível técnico apresentado nos mais de 90 minutos. Por parte dos gaúchos, a principal lição foi a insistência para buscar a igualdade já no fim da partida.

Como um duelo dessa magnitude pede, o Inter começou atento desde os primeiros movimentos. Literalmente. Em pouco mais de 10 segundos, o time aproveitou saída errada da defesa rubro-negra, Borré venceu o goleiro Rossi, mas Varela salvou quase em cima da linha.

Em seguida, porém, o Flamengo acordou, passou a assustar e causou problemas na defesa colorada, principalmente na bola área. Por outro lado, o Inter também chegava. Quase marcou com Tabata, de cabeça, no travessão. Os dois times criavam o suficiente para abrir o placar.

O já bom primeiro tempo se encaminhava para o fim zerado, quando um pênalti mudou a história. Estabanado, Thiago Maia errou o chute na tentativa de cortar o cruzamento e tocou com o braço na bola. O terceiro pênalti seguido cometido pelo volante, convertido por Alcaraz.

Com toda segunda etapa pela frente, apesar do prejuízo no placar, o Inter soube se portar, embora assumisse os riscos. A "trocação" seguiu num primeiro momento, com boas oportunidades dos dois lados. Mas depois o time da casa passou a sufocar o adversário, mais cansado.

Inter melhora com trocas

A partir da troca dos pontas (Wesley e Tabata por Wanderson e Gabriel Carvalho), o Inter ganhou mais campo. Quando Roger tirou um volante (Thiago Maia) e colocou mais um centroavante (Enner Valencia), abdicou de parte da defesa, mas se mostrou o correto a fazer.

Em mais um "risco calculado", o Flamengo chegou e perdeu chance incrível com Alcaraz. De tanto martelar, o Colorado alcançou a igualdade. Ironicamente num contra-ataque. Alan Patrick fez o desarme na intermediária e acionou Wanderson, que avançou e serviu Valencia. Gol de centroavante.

O empate com "gostinho de vitória" se justifica pela circunstância da partida e o rival do outro lado. Mesmo com preservações, de olho na final da Copa do Brasil, a nominata do Flamengo era digna da grande equipe que é, como de fato mostrou no duelo de nível elevado no Beira-Rio.

– A vibração é a energia de fazer uma equipe resiliente, que não se entrega nunca, não aceita a derrota. Mas não é tentar vencer de qualquer forma, é da forma organizada e estruturada como estamos vendo acontecer em vários momentos – destacou o técnico Roger Machado.

De tanto não aceitar perder, o Inter atingiu 12 jogos de invencibilidade. Embora o resultado diante do Flamengo não tenha colocado o Inter no G-4 do Brasileirão, a exibição no Beira-Rio tira boas lições.

A equipe se mostra cada vez mais amadurecida e pronta para qualquer desafio, com perspectiva de ainda mais crescimento sob o comando de Roger. O próximo compromisso é na terça-feira que vem, novamente no Beira-Rio, contra o Criciúma, às 21h30.

G1