O Grêmio manteve a regularidade das últimas atuações, mesmo com a derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, na noite de quarta-feira, em Belo Horizonte, em duelo da 6ª rodada do Brasileirão. O ataque criou e manteve a equipe viva até o último minuto, mas desta vez os erros defensivos voltaram a comprometer o resultado.

Desde o primeiro minuto ficou clara a postura do Tricolor de buscar a vitória na Arena MRV. No segundo minuto de jogo, Edenilson exigiu uma defesa sensacional de Matheus Mendes e mostrou que o Grêmio não iria apenas se defender.

O Grêmio se impõe em qualquer parte do país, contra qualquer adversário. O Grêmio respeita todos os adversários. O Grêmio joga sempre para vencer. A prova é hoje aqui.

— Renato Portaluppi, técnico do Grêmio

O primeiro tempo foi de muitas chances para os dois lados em um confronto aberto. Os dois times mostraram ímpeto e capacidade para atacar, mas ao mesmo tempo, deixaram espaços na defesa.

Neste contexto, a qualidade individual fez a diferença. E os donos da casa tinha em campo um dos principais atacantes do futebol brasileiro. Hulk chamou Jemerson para dançar e sofreu o pênalti, convertido pelo mesmo, o maior artilheiro do Atlético-MG no século.

A resposta imediata, no gol anulado de Braithwaite e que gerou muitas reclamações após o jogo, mostrou ao Grêmio algo melhor na partida. Na falha de marcação do Galo, Aravena teve liberdade e empatou. Depois de correções do rival, o Tricolor teve dificuldades para levar perigo efetivo.

Contra tantos jogadores com poder de definição, uma única falha pode ser determinante. Foi o que aconteceu quando Rodrigo Ely foi até a entrada da área para dar um bote desnecessário em Fausto Vera. O movimento do zagueiro deixou Deyverson livre para receber de Hulk e fazer o gol da vitória, ainda na primeira etapa.

O Tricolor repetiu o comportamento competitivo dos últimos jogos, o que deve ser mantido e levado adiante nas nove rodadas que restam no campeonato. Braithwaite, Aravena e Edenilson jogaram bem novamente e mostraram que devem seguir no time, inclusive no Gre-Nal do dia 19.

Mesmo com os espaços na defesa, o segundo tempo foi todo do Grêmio. O time ocupou o campo adversário, mas abusou dos lançamentos na área e gerou poucas finalizações perigosas. Apesar do volume, mostrou dificuldade para abrir espaços na defesa rival. A atuação não foi suficiente para voltar a Porto Alegre com um ponto na bagagem.

Por outro lado, também demonstrou que há correções a serem feitas na defesa antes do clássico contra o Inter. Diante do Galo, foram erros de leitura dos zagueiros, que podem até ser colocados na conta da falta de ritmo. Jemerson não jogava há quase um mês e Ely há um mês e meio.

A derrota apresentou erros que não podem se repetir no clássico, mas ao mesmo tempo uma atuação regular e de competitividade em parte do tempo. Não gerou uma preocupação fora do comum para o momento.

O jogadores e comissão técnica ganharam quatro dias de folga. A partir de segunda-feira, o elenco se apresenta para trabalhar com foco no clássico, um dos jogos mais importantes para os dois times nesta reta final de temporada e, também, aquela que poder ser a última alegria do ano para um dos lados.

G1