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Segunda-feira, 26 de Agosto de 2024
Abel, do Palmeiras, admite ter sido 'infeliz' e diz ter pedido desculpa a repórter por resposta 'hostil'
Treinador se pronunciou nas redes sociais neste domingo, um dia após polêmica em entrevista depois de goleada sobre o Cuiabá
O técnico Abel Ferreira se pronunciou, neste domingo, após uma resposta polêmica depois da vitória por 5 a 0 contra o Cuiabá, pelo Campeonato Brasileiro, no Brinco de Ouro da Princesa.
Em um comunicado publicado em seu perfil e no do Palmeiras numa rede social, o treinador admitiu ter sido "infeliz" na resposta e afirmou ter procurado a repórter que lhe questionou para se retratar (veja a declaração na íntegra abaixo).
Após ser questionado pela repórter Alinne Fanelli, da rádio Bandeirantes, sobre a condição de Mayke, que saiu machucado no primeiro tempo, Abel respondeu com tom irritado, desproporcional à pergunta:
– Mais uma lesão... É... uma coisa que vocês têm que entender é que tenho que dar satisfação a três mulheres só: minha mãe, minha mulher e a Leila. Elas são as únicas que podem me pedir explicação. Os outros podem se manifestar, elogiar, reclamar. O treinador tem que saber ouvir e aceitar. Infelizmente aconteceram coisas dentro do clube em agosto. A pior delas foram as lesões. Umas que vocês souberam e outras não – disse.
O treinador voltou a destacar a superação palmeirense durante o “terrível” mês de agosto, que culminou com eliminações na Copa do Brasil e Libertadores. O comandante, diante deste contexto, reclamou de cobranças de quem classifica como "haters", e não torcedores.
– Lesões, ontem duas, uma do Vitor (Reis) e uma do Gabriel Menino. Tem seriedade dos jogos que temos, não há como. O desgaste dos haters também. Tem que distinguir torcedor do que é hater. O futebol é muito mais mental do que pensam. Pena que não somos tão exigentes com resto da sociedade como somos com os jogadores e os treinadores. Por que não são iguais? – afirmou.
O treinador ainda completou o desabafo destacando os problemas físicos do elenco durante a maratona das últimas semanas, fator fundamental para atrapalhar o desempenho palmeirense.
– O Palmeiras nunca teve tanta lesão desde que estou aqui. O Estêvão que machucou, voltou e machucou, Murilo também, Mayke... Pedimos muito para adiar o jogo de hoje e falaram que o Palmeiras seria muito beneficiado, sempre é assim. Eu sempre peço para ter três dias de descanso, gramado bom. Minha presidente luta por isso, mas ninguém quer lutar pelo que está indo – concluiu.
Leia a nota completa:
Após o jogo de ontem, ainda no ônibus que nos trouxe de volta a São Paulo, eu telefonei para a repórter Alinne Fanelli a fim de lhe dizer que não tive, de forma alguma, a intenção de lhe causar qualquer constrangimento.
Utilizei a pergunta da referida profissional para transmitir uma mensagem que já estava na minha cabeça, sem me dar conta de que, naquele contexto a declaração poderia gerar uma interpretação diferente e soar hostil.
Quando concedo uma entrevista coletiva, entendo que não estou respondendo diretamente à repórter, ou ao repórter, que me faz a pergunta, mas sim a todos os presentes na conferência e também aos nossos atletas e torcedores e a todos aqueles que acompanham por diferentes veículos de comunicação. Tanto é verdade que, nesta mesma resposta, eu utilizo o pronome “vocês”, no plural, em vez de ”você”.
Lembro que, também, na entrevista de ontem, expressei a minha admiração pela presidente Leila Pereira e o orgulho que sinto por ser liderado por uma mulher.
Reconheço, contudo, que fui infeliz em minha resposta e, por esse motivo, fiz questão de procurar a Alinne e me retratar e esclarecer o que considero ter sido um mal-entenido.
G1