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Domingo, 20 de Outubro de 2024

300 mil famílias terão indenização imediata em novo acordo do caso Mariana, diz ministro

Acordo ainda deve incluir indenização imediata para pescadores

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou, neste sábado (19), que o acordo de repactuação da tragédia de Mariana (MG) contará com indenização imediata para 300 mil famílias afetadas.

“Nós passamos de R$ 49 bi para R$ 100 bilhões de dinheiro novo, passamos de R$ 14 bi de obrigação de fazer para R$ 30 bi. Dentre esses recursos, mais de 300 mil famílias receberão indenização imediata de R$ 30 mil e pescadores de R$ 95 mil”, afirmou o ministro.

O ministro caracterizou o acordo como uma solução viável para reparar danos significativos, destacando que não é motivo de celebração, mas necessário para minimizar os impactos.

“Não é motivo de comemoração uma reparação de dano, mas agora chegamos a um acordo que eu entendo ser o possível para minimizar os impactos. É o que foi possível se chegar para que a gente tivesse um acordo para reparar os danos, que foram graves”, disse.

A União e os governos de Minas Gerais e Espírito Santo negociam receber a indenização das mineradoras Vale, BHP e Samarco pelos danos ambientais causados após o rompimento da barragem.

O montante visa compensar o desastre decorrente do colapso de uma barragem de rejeitos de minério de ferro, que pertencia à Samarco, em novembro de 2015, que deixou 19 mortos, centenas de desabrigados, além de atingir o rio Doce em toda a sua extensão, até o mar do Espírito Santo.

Impactos da tragédia

O rompimento da barragem do Fundão teve um impacto econômico e ambiental enorme na região. De acordo com a FGV, cerca de dois milhões de pessoas foram afetadas, 19 perderam a vida e o meio ambiente foi severamente danificado.

O Distrito de Bento Rodrigues foi destruído pela lama que atingiu o rio Doce em todo o percurso de Minas até o município de Linhares, no Espírito Santo. O litoral também chegou a ser afetado pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais.

CNN