Cotidiano

13.01.2009

ÚLTIMA PARADA: FAIXA DE GAZA

Estamos fora do Oscar mais uma vez. O maior evento do cinema mundial que vai acontecer no dia 22 de fevereiro e que premia os grandes vencedores do cinema americano e que também dá estatuetas para aquele que é considerado o melhor filme estrangeiro, privou o Brasil de ser representado. Graças a Deus!

O Brasil emergente, de qualidades miscigenadas, que se coloca em processo ascendente na opinião pública mundial, quase retrocedeu no seu intento ao colocar um “filmeco” de desventuras de bandidos para nos representar. Será que só temos porcaria para mostrar lá fora.

Está certo que não podemos tapar o sol com a peneira, que temos inúmeros e sérios problemas de violência urbana, mas retratar mais uma vez o nosso cotidiano obscuro, não ajuda em nada no processo de desenvolvimento e de subida na escala terceiro-mundista que nos aproxima do topo. Diga-se de passagem, que um país quando sobe do terceiro, vai direto para o primeiro mundo, ou alguém já ouviu falar em país de segundo mundo?

O filme em tela (literalmente) é Ultima Parada 174, versão ficcional da vida do ex-menor de rua, assaltante e sobrevivente da Chacina da Candelária, que cometeu o seqüestro do ônibus da linha 174, em junho de 2000, no Rio de Janeiro. Ontem, na seleção da Academia, sacaram a película da cena da noite dos longos. O filme brasileiro estava entre os 65 apresentados, mas não passou na primeira seleção que fez sobrar só nove.

Enquanto Lula pede paz na Faixa de Gaza, Bruno Barreto queria mostrar que aqui, não tem esse negócio não!

(Se quiser sugerir pauta (qualquer área), pode me escrever: elderboff@hotmail.com)

 

Elder Boff