Cotidiano

06.03.2009

A MALA – IV

O mesmo prefeito que perdeu amala no aeroporto, ainda em solo brasileiro, protagonizou mais uma históriaenvolvendo as bagagens dos viajantes de 1998. No primeiro hotel no qual ficamoshospedados foi pintado com giz o número do apartamento nas malas e sacolas decada um.

Ocorre que, quando há um grupo umpouco maior, as bagagens ficam todas no saguão do hotel e um carregador demalas se encarrega de levá-las para cada apartamento. Para isso precisaidentificá-las.

Mudamos de cidade, na verdade depaís e conseqüentemente, de hotel e o nosso amigo esqueceu-se de apagar aescrita em giz do número do quarto da primeira hospedagem e quando chegamos aopróximo local, novo procedimento de malas amontoadas e identificação de cadabagagem.

O carregador de malas pôs-se acolocar o número do quarto em cada mala e naquela sacola o número já estava lá.Pensou ele que já havia feito a identificação. Enquanto isso alguns da turmadavam voltas pelas dependências térreas do hotel, outros subiam para o quarto etodos pegariam suas malas nas suas respectivas portas.

Por obra e graça do destino,aquela sacola foi parar no apartamento ao lado do meu. Saí do quarto e entreipor algumas oportunidades durante umas três ou quatro horas depois e sempre viaaquela sacola ali.

Numa destas descidas, circulandopelo saguão, vi o prefeito e sua esposa a reclamar do sumiço de mais uma dasmalas. –Isso é perseguição, estão aprontando de novo com a gente! Bradava aprimeira-dama. Vi que o negócio ia complicar e falei das características dabagagem e contei que ela estava na porta do quarto ao lado do meu com o númeroerrado, com os algarismos do quarto do hotel anterior.

Leia também:
A MALA - TERCEIRA PARTE

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A MALA - PRIMEIRA PARTE

Elder Boff