Nutrição
27.07.2016
A INCRÍVEL CONEXÃO CÉREBRO-INTESTINO
A comunicação estreita entre cérebro e intestino abre perspectivas para entender o papel da flora intestinal no surgimento de males que sabotam o foco e o bom humor.
O que seria esta conexão cérebro e intestino?
O coração, o fígado e os rins que nos perdoem, mas não há órgão mais fascinante que o intestino. A começar pelo seu tamanho descomunal: se abríssemos e esticássemos seus dois trechos - o delgado e o grosso -, ele ocuparia uma área de 250 metros quadrados, o equivalente a uma quadra de tênis. Tudo está enrolado e compactado dentro do ventre.
O Intestino tem neurônios - Sim, falamos das mesmas células que constituem o cérebro. "O intestino tem cerca de 500 milhões delas". responsável por coordenar tarefas como a liberação de substâncias digestivas e os movimentos que estimulam o bolo fecal a ir embora. "Esses circuitos operam sozinhos, ou seja, independem do comando cerebral". Dá pra entender por que apelidaram o intestino de segundo cérebro?
E é verdade que estes neurônios que estão no intestino dão uma sensação de bem estar?
Os neurônios intestinais chamam a atenção também pela sua farta produção de serotonina, molécula que nos leva ao estado de bem-estar - 90% da serotonina descarregada pelo corpo é fabricada ali. "Esse neurotransmissor é importante porque garante o funcionamento adequado do órgão", diz o médico Henrique Ballalai, da Academia Brasileira de Neurologia. Mas se sabe que ele ainda pode exercer um efeito sistêmico.
Essas substâncias são encarregadas de transmitir recados de um lado para o outro e estabelecer comunicação eficiente entre o intestino e o cérebro de verdade. "Essa conversa acontece diretamente por meio do nervo vago, estrutura que passa pelo tórax e liga o sistema gastrointestinal à cabeça", descreve o endocrinologista Filippo Pedrinola, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. O nervo vago é uma via de mão dupla: assim como o abdômen manda mensagens para a massa cinzenta, o correio inverso também ocorre. "É por isso que, diante de uma situação de estresse, podemos sentir frio na barriga ou vontade de ir ao banheiro", esclarece Pedrinola.
E as bactérias que existem no intestino?
Seria chamada flora intestinal ou microbiota, para sermos corretos. E aloja trilhões de bactérias, boa parte delas envolvida em processos cruciais ao organismo.
O intestino carrega cerca de 100 trilhões de bactérias, quantidade dez vezes superior ao número de células do corpo. Esse contingente representa de 2 a 3 quilos do peso total de um indivíduo. "A microbiota tem papel decisivo na manutenção da saúde. Ela auxilia a digerir alimentos, absorver nutrientes e a nos proteger de infecções" e o que não é aproveitado vira cocô.
Os cientistas ainda estão apurando todos os detalhes envolvidos, mas já conhecem alguns fatores que desequilibram a microbiota. "Uma alimentação muito rica em gordura, por exemplo, está associada ao desenvolvimento de bactérias ruins e à morte de espécimes bons. As manifestações disso são mais gases e distensão abdominal". A desordem ainda é deflagrada por estresse fora de controle e uso de antibióticos, que, para matar os vilões, acabam exterminando também as bactérias boas.
Toda esta desordem nas bactérias prejudica as paredes e os movimentos do intestino e dispara inflamações". No dia a dia, o indivíduo tem dores, diarreia ou constipação. Só que o desarranjo local repercute na cabeça. Estímulos de confusão na barriga viajam até o cérebro e contribuem para o humor e a concentração irem por água abaixo. Sim, ficamos enfezados.
Nervosismo, depressão, ansiedade também prejudicam o intestino e são prejudicados?
Os médicos já sabem que condições como a síndrome do intestino irritável, marcada por diarreia ou dificuldade de ir ao banheiro sem razão aparente, propiciam nervosismo e depressão - assim como a ansiedade e o baixo-astral desequilibram a flora e patrocinam as crises. Acontece que as interações perigosas não param por aí: a microbiota parece fazer diferença na probabilidade de desenvolvermos problemas neurológicos. Há indícios de que até o Parkinson, doença que provoca tremores, começaria lá no abdômen. Especialistas da Universidade College London, na Inglaterra, constataram, após analisar milhares de pessoas, que a constipação é uma das primeiras manifestações do distúrbio. "Uma hipótese sugere que a microbiota alterada leve à destruição de neurônios intestinais e isso progrida até o cérebro". O mesmo princípio explicaria o Alzheimer, que consome as memórias. Apesar de curiosos, esses achados são recentes e carecem de mais provas. "Por ora, a maioria dos estudos está restrita a animais e não pode ser extrapolada para nossa realidade", contextualiza a médica Maria do Carmo Friche, presidente da FBG.
Mas é possível prevenir, ou até reverter, desequilíbrios intestinais?
A resposta é sim. A flora pode ser modulada para que as bactérias do bem vivam em paz ou voltem a reinar. E isso é obtido, em parte, via alimentação. Alimentos ricos em FIBRAS. E consumo de AGUA.
E para o nosso cérebro estar bem precisamos viver de forma harmoniosa, praticando atividades físicas, pensamentos positivos, amor a vida.
Que a cabeça estando bem, intestino vai bem
Alimentos ricos em fibras e alimentos funcionais que auxiliam para o bom funcionamento do intestino
Como regra geral, são alimentos de origem vegetal e, quanto mais crus e com suas cascas, melhor.
1. Alimentos integrais: pão integral, macarrão integral, arroz integral;
2. Cereais: aveia, cevada, granola, germen de trigo, cereais tipo All Bran;
3. Verduras: alface, couve, rúcula, acelga, agrião, espinafre, brócolis;
4. Legumes: abóbora, cenoura, beterraba, pimentão;
5. Grãos: diversos tipos de feijões, grão de bico, lentilha, ervilhas, milho (inclusive pipoca).
6. Frutas (preferência com casca): maçã, pera, uva, goiaba, ameixa, caqui, abacaxi, damasco, abacate, figo, laranja, mamão, morango, framboesa, pêssego, abacate, tomates (sim, tomate é uma fruta);
7. Nozes e sementes: amêndoa, linhaça, nozes, castanhas.
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"Estas informações são apenas explicativas, não devem substituir orientações de um médico."
"Este material não tem por finalidade diagnosticar, tratar, curar ou evitar qualquer doença. As informações disponíveis aqui possuem apenas caráter preventivo e educativo.”
NUTRI VIDA – Espaço Saudável e Natural
Nutricionista - Drª Carla Andréa Metzner
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