24.05.2008
2ª QUINZENA MAIO 2008
Fraudes constantes em seguros
Não existe país em que isso não ocorra. Porém são detectadas regiões onde se manifestam em maiores relevâncias tais práticas. A exemplo dos Estados Unidos, vemos as fraudes com seguradoras representarem o segundo maior crime financeiro, perdendo apenas para a evasão fiscal.
Em cada região ou país, as incidências se diversificam nas características múltiplas de seguros: sejam automotivo, residencial, vida, saúde, transportes, responsabilidade civil, etc. Infelizmente, com isso, quem acaba custeando indiretamente, são os próprios segurados de boa fé que por sua vez recolhem sobre um prêmio maior em virtude de residir ou fazer parte de regiões com elevados índices de sinistros (fraudes). Pesquisas realizadas mostram que entre 25 - 30% das indenizações pagas são fraudulentas, ou seja, cerca de 4 – 5 bilhões de reais são pagos indevidamente.
A FENASEG (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados) tem buscado mecanismo de combate a essa constante e criminosa prática, entretanto a legislação pouco auxilia a esse trabalho. Diante de inúmeros prejuízos, as companhias buscam mecanismos próprios de triagem e análise dos pedidos de indenizações. Esse é um dos principais fatores que favorece ao atraso nos pagamentos dos benefícios e reposição de bens. É de suma importância que as companhias tenham cautelas nas conclusões e ajam com discrições para não causar constrangimentos ou má interpretação quando um segurado solicitar suas indenizações estando ele em seu direito e com boa fé.
No caso de coleta do perfil, só funciona para enquadramento em possíveis riscos oriundos de dados estatísticos, enquanto as intenções de fraudar uma apólice não se dá pela faixa etária ou pelo endereço do indivíduo. Com isso, cada vez mais torna-se difícil o combate ao referido crime.
Esperamos, enquanto consumidores de seguros, que algo seja feito para não nos tornarmos indenizadores dos prejuízos sofridos pelas seguradoras.