Internacionais | Rejeitado

Terça-feira, 22 de Outubro de 2024

Trump é o candidato de oposição mais rejeitado da história, diz especialista ao WW

Professor Mauricio Moura afirma que ex-presidente tem rejeição de mais de 53%

O professor da Universidade George Washington Mauricio Moura revelou durante sua participação no programa WW desta segunda-feira (21) que o ex-presidente Donald Trump é o candidato de oposição mais rejeitado da história dos Estados Unidos, com uma taxa de rejeição superior a 53%. Apesar desse alto índice, Moura ressaltou que a base de apoio de Trump permanece extremamente sólida.

Segundo o especialista, a estratégia da campanha de Trump está claramente focada em enfatizar que a potencial Presidência de Kamala Harris representaria uma continuidade de temas mal administrados atualmente, como imigração e inflação. “Lembrando que a inflação está caindo nos Estados Unidos, mas a percepção em relação ao nível de preços faz com que as pessoas sintam que não compram mais o que compravam”, explicou Moura.

Desafios das campanhas

O professor apontou que o maior desafio da campanha de Trump é expandir sua base eleitoral. Embora seja menor que a potencial base democrata, os apoiadores de Trump são descritos como muito fiéis e propensos a comparecer às urnas. “O que está sustentando esses empates nas pesquisas é a base do Trump, que é uma base de eleitores brancos, com baixa escolaridade”, afirmou.

Por outro lado, a campanha da vice-presidente Kamala Harris enfrenta o desafio de motivar os eleitores que rejeitam Trump a saírem de casa para votar nela. Moura destacou que, neste momento, ambas as campanhas estão menos focadas em conquistar votos do lado oposto e mais em garantir que seus segmentos demográficos mais favoráveis compareçam às urnas.

O especialista também observou que os americanos tendem a sofrer mais com a inflação do que os latino-americanos, por não terem a mesma cultura de lidar com aumentos de preços. Esse fator pode influenciar significativamente a percepção dos eleitores sobre a situação econômica do país.

CNN