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Domingo, 23 de Fevereiro de 2025
Suspensão do Plano Safra 2024/2025 acende alerta sobre risco à estabilidade econômica
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A suspensão das linhas de crédito do Plano Safra 2024/2025, anunciada pelo governo federal na última quinta-feira (20), trouxe preocupações para o setor agrícola e para a economia do Brasil como um todo.
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O Ministério da Fazenda atribuiu a decisão à não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, cuja análise pelo Congresso Nacional, prevista para dezembro de 2024, foi adiada e só deve ocorrer em março deste ano.
A medida já é vista como um revés para o agronegócio, um dos pilares da economia brasileira, e pode ter reflexos negativos no preço dos alimentos e na cadeia produtiva do país.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na sexta-feira (21/02) que o governo publicará uma Medida Provisória (MP) para garantir a continuidade do Plano Safra deste ano.
No entanto, a incerteza gerada pela suspensão das linhas de crédito rural já levou a Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) a emitir uma nota crítica, responsabilizando o governo federal pela falta de responsabilidade fiscal e pela desvalorização da moeda, fatores que, segundo o grupo, contribuíram para o aumento da taxa Selic e, consequentemente, para a inviabilidade do Plano Safra.
Impactos no Agronegócio e na Economia
O Plano Safra é um dos principais instrumentos de fomento à produção agrícola no Brasil, garantindo recursos para custeio, investimentos e comercialização de safras.
Sua suspensão, mesmo que temporária, pode desestabilizar o planejamento dos produtores rurais, que dependem desses créditos para financiar plantios, compra de insumos e maquinários.
Além disso, a medida pode afetar diretamente o preço dos alimentos. Com a redução do crédito disponível, muitos produtores podem enfrentar dificuldades para manter ou expandir a produção, o que tende a reduzir a oferta de itens da cesta básica e pressionar os preços no mercado interno.
Em um momento em que a inflação já preocupa os brasileiros, a suspensão do Plano Safra pode agravar o cenário econômico.
Críticas e Responsabilidades
A FPA destacou em sua nota que a suspensão do Plano Safra é resultado de uma gestão fiscal inadequada, que levou ao aumento da taxa Selic e à desvalorização do real.
Para o grupo, o governo federal falhou em garantir as condições necessárias para a manutenção das políticas de apoio ao agronegócio, setor que responde por uma parcela significativa do PIB brasileiro e das exportações do país.
Enquanto o governo busca soluções emergenciais, como a publicação de uma Medida Provisória, o setor agrícola aguarda com apreensão a aprovação da LOA e a retomada das linhas de crédito.
A demora na regularização do orçamento e a falta de clareza sobre os prazos para a liberação dos recursos aumentam a insegurança e podem comprometer a próxima safra, com reflexos negativos para toda a economia brasileira.
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