Algumas dúvidas surgiram após o início das atividades do Hospital Santa Casa de Santa Helena no município, ajustes ainda estão sendo feitos e a opinião das pessoas que estão sendo atendidas é muito importante para melhorar a qualidade do serviço nos dois hospitais que atendem de forma gratuita ao cidadão.

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Daniel Remonti, secretário de Saúde, Terezinha Botega, gestora de Fiscalização e Edna Lara, gestora de Parceria, explicam a distribuição dos serviços, a forma de atendimento e alertam para que as pessoas continuem usando a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa para avaliar queixas e tratar possíveis doenças.

O hospital beneficente Moacir Micheletto é Materno-Infantil. São atendidas gestantes a partir da 34ª semana de gestação e o parto é realizado ali, natural ou cesárea. O atendimento de médico pediatra também é ofertado no Micheletto.

Outro serviço oferecido no Micheletto é o atendimento aos casos de urgência e emergência através de seu pronto-socorro 24 horas. Se o caso pode ser resolvido ali ele é resolvido, se for necessário atendimento de médico especialista, o paciente é transferido para outro hospital, que pode ser o Santa Casa ou outro da região, através da Central de Leitos.

A Central de Leitos é o órgão que regula as transferências de pacientes, as cirurgias eletivas (que não são de emergência) e os internamentos. Através desta regulação, um paciente que começa o atendimento na UBS, faz todos os exames e até uma cirurgia, se for o caso, pelo SUS, sem precisar pagar nada por isso, pois os serviços estão sendo pagos através do Governo Federal, Estadual e Municipal. Se o serviço não estiver ainda sendo oferecido em Santa Helena, o paciente será encaminhado para outra cidade, onde haja convênio. Da mesma forma, os hospitais de Santa Helena também passarão a receber pacientes de outras cidades para atendimento com especialistas, cirurgias e internamentos.

Já no hospital Santa Casa de Misericórdia, também de Santa Helena, não é possível ingressar diretamente na unidade, mesmo que o problema seja um braço quebrado em um acidente doméstico. É necessário iniciar o atendimento pelo pronto socorro do Hospital Micheletto ou na UBS mais próxima de sua casa.

Há médicos especialistas atendendo tanto no Micheletto quanto no Santa Casa, de forma gratuita ao cidadão, através do SUS. E um dos apelos feitos pelos membros da secretaria de Saúde do município de Santa Helena é para que as pessoas não faltem às consultas agendadas. Aquela falta atrasa a fila e gera custos, pois o profissional estava à disposição no horário agendado.

Para se ter uma ideia, de janeiro a abril de 2025, no hospital Micheletto, das 684 pacientes agendadas para consulta com ginecologista, 76 faltaram, atrasando a fila de atendimentos. Das 484 consultas obstétricas, agendadas com gestantes, 59 pacientes faltaram. Das 37 consultas agendadas com anestesiologista, cinco pessoas faltaram e sem esta consulta uma cirurgia não pode ser realizada, por exemplo. Já com o pediatra, 155 das 1.077 crianças agendadas não compareceram para atendimento.

A Santa Casa de Misericórdia disponibiliza atendimentos com diversos médicos especialistas e no mesmo período, de janeiro a abril deste ano, alergista/imunologista foi a única especialidade que não teve falta, dos 08 agendamentos, todos compareceram para atendimento. Todos os demais profissionais tiveram pacientes faltosos: anestesiologista, cardiologista, cirurgião do aparelho digestivo, cirurgião geral, coloproctologista, dermatologista, endocrinologista, gastroenterologista, neurologista, oftalmologista, ortopedista, psiquiatra e urologista. Foram cerca de 350 consultas perdidas porque o santa-helenense não compareceu no dia e horário agendado.

Cada um dos hospitais possui 25 leitos para internamento e até abril deste ano, 157 pessoas já foram internadas no Santa Casa e 29 cirurgias (geral e ortopédica), foram realizadas. No Micheletto, foram 721 pacientes internados, 41 cirurgias realizadas, 73 partos e 6.807 atendimentos no pronto socorro.

Importante lembrar que os atendimentos em saúde seguem o Protocolo de Manchester, onde o atendimento a pacientes é organizado por uma série de prioridades, colocando os casos de risco iminente à vida no topo, podendo atrasar o atendimento de quem está esperando sem urgência. Outro ponto a se destacar é que o pronto socorro não investiga nem trata doenças, o trabalho do socorrista é reduzir a dor. A investigação e o tratamento de doenças deve ser feita na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa. Se for necessário realizar exames ou cirurgia, o encaminhamento será feito por lá.

Caso você se sinta mal atendido ou encontre problemas com informações recebidas nas unidades hospitalares, a secretaria de Saúde pede que você registre uma reclamação formal, na ouvidoria, para que seja possível identificar se foi um problema pontual ou se ocorre com frequência e também para que uma solução possa ser encontrada para que o problema não se repita.

Para mais detalhes, assista ao vídeo acima.

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