Em meio aos desafios enfrentados pelo Brasil na gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU), Santa Helena segue buscando avanços no gerenciamento ambientalmente adequado. O Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2024, divulgado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), revela que, no país, 41,5% dos resíduos gerados em 2023 tiveram destinação inadequada, sendo que 35,5% ainda foram descartados em lixões.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que previa o encerramento dos lixões até 2024, ainda não foi plenamente cumprida. Apesar disso, houve uma pequena melhora em comparação a 2022, quando apenas 57% dos resíduos tiveram destinação adequada, subindo para 58,5% em 2023.

Impacto no cenário nacional e regional

O relatório aponta que o Brasil gerou cerca de 81 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2023, uma média de 1,047 kg por pessoa ao dia. O Sul do país, onde Santa Helena está localizada, foi responsável por 10,8% do total nacional, reforçando a importância de práticas mais eficientes para a destinação dos resíduos na região.

Reciclagem e compostagem: desafios e oportunidades

Do total descartado com destinação ambientalmente adequada, apenas 8% foi reciclado. A maior parte desse trabalho foi realizada por coletores informais, responsáveis por 67,2% do material reciclável, enquanto serviços públicos e cooperativas responderam por 32,8%.

Além disso, 0,4% dos resíduos sólidos foram destinados à compostagem, com potencial para gerar composto orgânico e reduzir o impacto ambiental.

Custos e investimentos

Em todo o país, os municípios gastaram R$ 34,7 bilhões no gerenciamento de resíduos sólidos urbanos em 2023, somando R$ 37 bilhões ao incluir gastos privados. Esses valores reforçam a necessidade de um planejamento estratégico e de investimentos em soluções sustentáveis.

Santa Helena no contexto da PNRS

Santa Helena enfrenta os mesmos desafios que o restante do país para adequar sua gestão de resíduos às diretrizes da PNRS. A conscientização da população e a ampliação de programas de reciclagem e compostagem são fundamentais para que o município contribua para o avanço da sustentabilidade no Brasil.

Essa situação também é um alerta para que gestores e cidadãos se unam em prol de práticas mais responsáveis, garantindo um futuro ambientalmente equilibrado para as próximas gerações.

Correio do Lago com informações de Agência Brasil

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