A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu, na última sexta-feira (10), uma operação nacional que resultou na prisão em flagrante de 14 pessoas por armazenamento e compartilhamento de pornografia infantojuvenil. A ação foi deflagrada simultaneamente em 18 estados e no Distrito Federal, com apoio técnico do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e atuação das polícias civis locais.

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Ao todo, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas investigadas por armazenar e compartilhar conteúdo de abuso sexual infantil. Nos locais, os policiais apreenderam celulares, notebooks, HDs externos e outros equipamentos eletrônicos, que serão encaminhados para perícia.

Durante as diligências, 14 indivíduos foram encontrados em posse de material criminoso em seus celulares e autuados em flagrante. Em um dos casos mais graves, um homem de 67 anos foi preso por compartilhar vídeo em que cometia abuso sexual contra a própria neta, de sete anos. Aos policiais, ele confessou o crime.

As ordens judiciais foram cumpridas nos estados do Paraná, Acre, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

Investigação começou no Paraná

A operação teve início a partir de uma investigação conduzida pela Delegacia da PCPR em Palmas, após a apreensão de um dispositivo eletrônico que continha fotos e vídeos de abuso sexual de crianças e adolescentes, comercializados em aplicativo de mensagens.

Com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP), os investigadores analisaram o material e identificaram usuários de diferentes regiões do país. A partir dessas informações, a Senasp articulou a ação conjunta entre as Polícias Civis estaduais, com apoio internacional da Homeland Security Investigations (HSI), dos Estados Unidos.

O delegado Kelvin Bressan, da PCPR, destacou a importância da investigação conduzida no Paraná: “A partir de um único dispositivo periciado pela Polícia Científica do Paraná, foi possível rastrear uma rede de usuários que trocavam material ilegal em diferentes regiões do país. O trabalho técnico e a integração com o Ciberlab foram fundamentais para transformar uma investigação local em uma operação nacional de grande alcance.”

Ação coordenada e alcance internacional

O diretor da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi/Senasp/MJSP), Rodney Silva, ressaltou a importância da cooperação entre as forças policiais. “A atuação coordenada das Polícias Civis estaduais, com apoio do Ciberlab e da HSI, demonstra a capacidade de articulação técnica e internacional do Brasil no enfrentamento aos crimes sexuais contra crianças na internet. A Operação Pharos reforça a importância da inteligência integrada e da cooperação entre estados e países para proteger os mais vulneráveis.”

O significado da operação

Batizada de Operação Pharos, a ação faz referência ao Farol de Alexandria, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, símbolo de luz e proteção. Assim como o farol guiava navegantes em segurança, a operação representa o esforço conjunto das forças policiais para rastrear e responsabilizar autores de crimes contra crianças e adolescentes no ambiente digital.

Os crimes investigados estão previstos nos artigos 241, 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que punem quem produz, compartilha ou armazena material pornográfico envolvendo menores. As penas variam de um a seis anos de reclusão, podendo aumentar conforme a gravidade e o envolvimento do autor.

Primeira fase

A PCPR já havia deflagrado a primeira fase da Operação Pharos em fevereiro deste ano, quando dez pessoas foram presas em 20 estados. Um desdobramento dessa etapa ocorreu na quinta-feira (9), em Curitiba, onde um homem de 36 anos foi preso por produção de pornografia infantojuvenil e estupro de vulnerável, após análise de materiais apreendidos anteriormente.

A Operação Pharos reforça o compromisso das forças de segurança com a proteção da infância e da adolescência no ambiente digital, combatendo redes criminosas que exploram crianças e adolescentes e garantindo que os responsáveis sejam identificados e punidos.

Megazine News com informações da PCPR 

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