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Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025

O que se sabe sobre ataque que deixou mortos em assentamento do MST no interior de SP

Crime aconteceu na noite da última sexta-feira (10), em Tremembé (SP). O g1 separou as principais informações sobre o caso.

Um ataque a tiros deixou dois mortos e seis feridos numa assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Tremembé, no interior de São Paulo, no fim de semana.

Um homem foi preso suspeito de chefiar a invasão, e outro é procurado.

O g1 separou as principais informações sobre o que já se sabe sobre o crime que chocou a cidade. Veja abaixo:

  • O que aconteceu
  • Quem são as vítimas
  • Quantas pessoas foram presas e quem são elas
  • O que motivou o crime
  • O que foi apreendido
  • Investigação
  • O assentamento
  • O que aconteceu

O assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado em Tremembé, no interior de São Paulo, foi alvo de um ataque na noite da última sexta-feira (10).

O crime ocorreu por volta das 23h, na Estrada Kanegae, resultando em mortos e feridos. O número exato de envolvidos ainda não foi confirmado pela polícia.

Quem são as vítimas

Duas pessoas morreram no local durante o ataque. As vítimas foram identificadas como Valdir do Nascimento de Jesus, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos. Eles foram veladas neste domingo (12).

Outras seis pessoas, três homens e três mulheres, ficaram feridas por disparos e foram socorridas para o Hospital Regional de Taubaté e o Pronto-Socorro de Tremembé. Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde delas.

Quantas pessoas foram presas e quem são elas

Suspeito de chefiar o ataque, Antônio Martins, conhecido como "Nero do piseiro", foi detido no sábado (11) após ser reconhecido por testemunhas. Ele passou por audiência de custódia na manhã deste domingo (12), e a Justiça decidiu mantê-lo preso por 30 dias.

A polícia procura outros envolvidos e já pediu a prisão de um segundo suspeito, Ítalo Rodrigues da Silva. Na tarde deste domingo, a Justiça de São Paulo autorizou sua prisão temporária, mas o homem está foragido.

Durante uma entrevista coletiva neste sábado (11), o delegado seccional de Taubaté, Marcos Parra, informou que as evidências iniciais apontam para uma possível disputa por um lote no assentamento como a motivação do crime.

“Com o assentamento fechado que é, eles têm ali um entendimento de existir concordância para a admissão de pessoas novas no local. Até onde a gente apurou, essa concordância não teria acontecido nessa comercialização do terreno”, contou o delegado.

“O homem e seu grupo estariam lá para, num primeiro momento, intimidar, mas, como não intimidou e aconteceu, na verdade, uma repulsa da presença deles lá, a gente tem o nascimento de um confronto envolvendo arma branca e arma de fogo e levou a gente para esse resultado trágico de várias mortes e várias pessoas lesionadas”, completou.

O que foi apreendido

A polícia apreendeu diversos objetos utilizados no ataque. Entre os itens confiscados estão armas brancas, como foices e facas, armas de fogo e um carro. Todo o material será submetido à perícia, com o objetivo de identificar possíveis impressões digitais dos envolvidos no ataque.

Investigação

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para investigar o ataque.

Ainda segundo o Ministério, uma equipe da Polícia Federal - com agentes, perito e papiloscopista - foi até o assentamento para dar início às investigações sobre o crime ainda no sábado.

A Polícia Civil de São Paulo também investiga o caso.

O assentamento

O assentamento Olga Benário está localizado na Estrada Kanegae, na zona rural de Tremembé, no interior de São Paulo.

O local é regularizado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) há cerca de 20 anos para o Movimento dos Sem Terra. Segundo a assessoria do MST, cerca de 45 famílias vivem no local.

Ministério dos Direitos Humanos diz que vai reforçar proteção

O Ministério de Direitos Humanos e Cidadania informou que "está buscando mais informações sobre os fatos ocorridos e oferecerá assistência para as lideranças do assentamento e sua coletividade".

Ainda segundo o Ministério, "o grave ataque contra o assentamento do MST e o assassinato de lideranças soma-se aos alertas anteriores para a urgência de fortalecimento das políticas de proteção aos defensores de direitos humanos que integrem as esferas federal e estadual, os sistemas de Justiça e de Segurança Pública e as redes de proteção".

G1

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