Notícias da Região | Polemica
Sábado, 25 de Janeiro de 2025
Ministro da Justica da Argentina anuncia retirada do feminicídio do Código Penal da Argentina
Mariano Cúneo Librarona fez uma publicação no X, antigo twitter
O Ministro da Justiça da Argentina, Mariano Cúneo Librarona, divulgou na rede social X (antigo Twitter) que irá eliminar a figura do feminicídio do Código Penal Argentino. O vídeo foi publicado na sexta-feira (25).
De acordo com Cúneo, a justificativa para o ato é defesa da igualdade de homens e mulheres perante a lei, princípio da Constituição. medida foi justificada pela defesa da igualdade perante a lei, um princípio consagrado na Constituição Nacional do país.
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Na Argentina, uma lei de 2012, implementada em 2012 durante o governo de Cristina Kirchner (2007 - 2015) previa prisão perpétua para crimes de homicídio contra mulheres praticados por homens em decorrência de violência de gênero. Para o Ministro, essa legislação cria desigualdades.
No vídeo publicado na rede social X, o atual presidente da Argentina, Javier Milei, dá um discuso onde fala que o feminismo é radical, busca privilegios e coloca metade da população contra a outra. Já na legenda do vídeo, o ministro diz que "durante anos eles usaram as mulheres para encher os bolsos e prejudicar os homens".
De acordo com o site feminista La Casa del Encuentro (A casa de reunião), em 2024 o país teve 243 feminicídios.
"Vamos eliminar a figura do feminicídio do Código Penal Argentino. Porque esta administração defende a igualdade perante a Lei consagrada na nossa Constituição Nacional. Nenhuma vida vale mais que outra.
Como disse o Presidente Javier Milei em Davos, o feminismo é uma distorção do conceito de igualdade que apenas procura privilégios colocando uma metade da população contra a outra.
Durante anos eles usaram as mulheres para encher os bolsos e prejudicar os homens. Independentemente do nosso sexo, somos todos iguais perante a lei e merecemos a mesma proteção e respeito".
Afinal, o que é feminicídio?
Feminicídio é um termo de crime de ódio baseado no gênero, definido como o assassinato de mulheres em violência doméstica ou em aversão ao gênero da vítima (misoginia).
No Brasil, em 2023, segundo o site Violência Contra Mulher em Dados, em 2023, 1.467 mulheres foram mortas apenas por serem mulheres e 90% dos crimes foram cometidos por homens. Já segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), em 2023, 85 mil mulheres e meninas foram mortas, sendo que 60% desses homicídios foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. O que equivale a 140 mortas todos os dias ou uma a cada dez minutos.
Catve