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Sexta-feira, 18 de Outubro de 2024

Itaipulândia está entre os 63 municípios do Paraná sem vereadoras eleitas nas eleições de 2024

Entre os municípios que elegeram, em apenas quatro as vereadoras serão maioria no Legislativo. Veja mapa interativo com a situação de cada cidade.

Dos 399 municípios do Paraná, 63 não elegeram nenhuma mulher para a Câmara Municipal nas eleições de 2024. Levantamento do g1 feito a partir de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que quase 16% dos Legislativos Municipais não terão representante feminina a partir de 2025.

Todas as cidades paranaenses tiveram registro de mulheres disputando o cargo de vereador. Nas 63 cidades em que nenhuma foi eleita, por exemplo, eram ao menos 18 candidatas ao cargo, segundo o TSE. Confira a seguir mapa interativo com a situação de cada cidade.

As mulheres representaram 35% (11.178) das candidaturas para vereador apresentadas à justiça eleitoral no Paraná neste pleito. Dos 3.896 vereadores eleitos em 2024 no estado, 691 são mulheres, representando 17,7% do total.

Veja quais cidades não elegeram nenhuma mulher à Câmara Municipal:

Almirante Tamandaré

Araruna

Araucária

Ariranha do Ivaí

Barbosa Ferraz

Barracão

Boa Vista da Aparecida

Borrazópolis

Braganey

Brasilândia do Sul

Cafelândia

Califórnia

Campo do Tenente

Campo Largo

Cândido de Abreu

Cantagalo

Colombo

Corumbataí do Sul

Diamante do Norte

Farol

Fênix

Guaraci

Guaraqueçaba

Ibema

Ibiporã

Iporã

Itaipulândia

Itaperuçu

Ivaiporã

Ivaté

Jaguariaíva

Japurá

Mallet

Mauá da Serra

Medianeira

Miraselva

Nova Esperança

Nova Esperança do Sudoeste

Nova Fátima

Nova Londrina

Nova Prata do Iguaçu

Ortigueira

Ouro Verde do Oeste

Peabiru

Pinhal de São Bento

Porto Amazonas

Porto Barreiro

Porto Rico

Presidente Castelo Branco

Primeiro de Maio

Rancho Alegre

Rosário do Ivaí

Sabáudia

Salto do Itararé

Santa Cruz de Monte Castelo

Santa Mariana

São João do Triunfo

São Jorge do Ivaí

São Pedro do Ivaí

Sertanópolis

Sulina

Terra Boa

Xambrê

Quantas vereadoras foram eleitas na minha cidade?

A quantidade de vereadores de cada Câmara Municipal é calculada a partir do número de habitantes da cidade. A Constituição Federal prevê que o Legislativo municipal tenha no mínimo nove parlamentares e no máximo 55.

Por exemplo, no Paraná, dos 399 municípios, 329 (82%) têm o número mínimo de nove cadeiras; a capital, Curitiba, tem 38 vereadores.

O levantamento do g1 analisou também a proporção de mulheres eleitas nas cidades paranaenses. Em apenas quatro elas serão maioria na Câmara Municipal a partir de 2025.

Mais mulheres na política

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres são maioria da população do Paraná e, conforme o TSE, do eleitorado do estado.

Como tentativa de equilibrar o número de candidaturas femininas e masculinas, lei de 1997 criou uma cota de gênero obrigatória: cada partido deve ter o mínimo de 30% e o máximo de 70% de candidaturas de cada gênero.

A presidente do Núcleo de Diversidade e Inclusão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e especialista em candidaturas femininas, Flávia Viana, afirma que ainda não é fácil para as mulheres e que elas são apenas sub-representadas na política.

Flávia cita que entre 183 países, o Legislativo do Brasil aparece no 132º lugar em relação à representatividade das mulheres. O ranking é feito mensalmente pela Inter-Parliamentary Union.

"Apesar de todas as ações afirmativas e da política de cotas, nós percebemos uma dificuldade muito grande que as mulheres enfrentam tanto para ingressar na política quanto para permanecer. O Brasil está atrás de países menos desenvolvidos. Na América Latina, hoje o Brasil ocupa o último lugar."

Segundo a pesquisadora, a participação de mulheres na política contribui para a democracia e fomenta a criação de políticas públicas mais inclusivas. Na visão dela, uma das formas de combater a falta de participação feminina é lutar contra a violência política de gênero.

“Ter mais mulheres na política e representantes de outros segmentos sociais minoritários é ter uma política mais diversa. Uma política mais inclusiva, que resulta numa democracia mais qualificada e mais saudável”, diz.

Com informações de G1.

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