Brasil | Saúde
Quinta-feira, 28 de Agosto de 2025
Inteligência artificial pode se tornar aliada no combate ao glaucoma
Segundo Lindenmeyer, estudos mostram que aproximadamente 50% das pessoas com glaucoma em todo o mundo não sabem que têm a doença. “Isso está relacionado ao acesso à assistência médica, a limitações em alguns locais, à cultura de não fazer as revisões habituais mesmo que a visão esteja boa e que a pessoa esteja se sentindo bem”, explicou.
O médico avalia que a inteligência artificial vai funcionar como aliada na prevenção e no combate ao glaucoma.
“Não somente a gente vai conseguir diagnosticar mais cedo como a gente vai conseguir levar isso para áreas de todo o mundo que carecem de recursos, onde métodos mais baratos e tão precisos serão disponibilizados”, ressaltou o oftalmologista.
“Isso vai levar ainda um tempo, mas certamente esses valores de 50% de pessoas que não sabem ser portadoras provavelmente vão se modificar”, completou.
Entenda
Conhecido como perigo silencioso, o glaucoma é uma doença que, na maioria dos casos, não apresenta sinais e sintomas. Os pacientes só percebem que há algo errado quando o quadro já se tornou bastante avançado.
O tratamento, segundo o médico, busca controlar a pressão intraocular, principal fator causador do glaucoma, no intuito de evitar a progressão e a piora da doença. “Mas o que já foi perdido não é recuperado”, alertou. Num primeiro momento, o tratamento envolve o uso de colírios. Já em uma segunda etapa, podem ser utilizados alguns tipos de laser e, em último caso, cirurgia.
“O glaucoma tem uma prevalência que vai aumentando com o passar dos anos – particularmente depois dos 40 anos. A cada década, aumenta o risco de a pessoa desenvolver glaucoma. Determinados grupos étnicos têm uma tendência maior – afrodescendentes, pessoas de origem asiática, mulheres e míopes tendem a ter risco maior”, concluiu.
*A repórter viajou a convite do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)
Fonte: Agência Brasil








