Notícias da Região | Ataque hacker
Sábado, 05 de Julho de 2025
Falha na Defesa do Pix Expõe Vulnerabilidades e Levanta Lições para o Banco Central
O maior ataque hacker da história do sistema financeiro brasileiro, que comprometeu o Pix, revelou fragilidades no ecossistema digital que protege o sistema de pagamentos instantâneos. O ataque, que envolveu o uso de credenciais válidas para acessar os sistemas da C&M Software, empresa que intermedia transações entre bancos, fintechs e o Banco Central, resultou em prejuízos estimados em quase R$ 1 bilhão. A Polícia Federal investiga 140 contas bancárias possivelmente ligadas à fraude, enquanto uma pessoa já foi presa.
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Segundo especialistas, o ataque explorou logins e senhas válidos de uma empresa intermediária, permitindo que os criminosos movimentassem contas de reserva de instituições financeiras no Banco Central.
O Banco Central, que mantém silêncio sobre detalhes do caso, determinou o bloqueio do acesso da C&M Software às infraestruturas do Pix como medida de contenção. No entanto, o bloqueio não foi rápido o suficiente para evitar o desvio de recursos. A instituição alega falta de recursos humanos como um dos fatores para a vulnerabilidade, reacendendo debates sobre sua autonomia operacional, especialmente após a aprovação da Lei Complementar 179 e a tramitação da PEC 65/2023, que busca fortalecer a independência do BC.
O caso, comparado por especialistas a uma “Casa de Papel virtual”, destaca a sofisticação do cibercrime e a urgência de melhorias em todas as camadas do sistema financeiro. “Dá para melhorar em todas as pontas”, resumiu Ribeiro, enfatizando a necessidade de controles mais robustos de acesso e autenticação.
A C&M Software informou que seus sistemas críticos permanecem íntegros e que está colaborando com as autoridades. Enquanto isso, o mercado financeiro nacional ainda avalia o impacto do golpe, que afetou pelo menos seis bancos de pequeno porte, e busca lições para prevenir futuros incidentes.
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Fonte: Gazeta do Povo








