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Quarta-feira, 24 de Setembro de 2025
“Eu gosto dele e ele gosta de mim (…) química excelente”, diz Donald Trump sobre Lula
O Palácio do Planalto confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve conversar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já na próxima semana. O convite partiu do líder norte-americano durante um encontro inesperado entre os dois, nesta terça-feira (23), em Nova York.
A reunião informal aconteceu na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), onde os chefes de Estado participam da 80ª Assembleia Geral ao lado de representantes de outros 191 países-membros. De acordo com a assessoria do Planalto, o contato foi breve, porém marcado por um tom cordial.
Segundo o governo brasileiro, a proposta de Trump foi aceita de imediato por Lula. Agora, as equipes de ambos trabalham para definir os detalhes da conversa, que poderá ocorrer presencialmente ou por telefone.
Ao discursar durante a Assembleia Geral da ONU, Trump revelou publicamente que pretende “se encontrar” com Lula na próxima semana. “Encontrei o líder do Brasil ao entrar aqui e falei com ele. Nos abraçamos. As pessoas não acreditaram nisso. Nós concordamos que devemos nos encontrar na próxima semana. Foram cerca de 20 segundos. Conversamos e concordamos em conversar na próxima semana”, disse o presidente estadunidense, acrescentando que Lula “parece ser um homem muito agradável”.
“Eu gosto dele e ele gosta de mim. E eu gosto de fazer negócios com pessoas de quem eu gosto. Quando eu não gosto de uma pessoa, eu não gosto. Mas tivemos, ali, esses [20 ou] 30 segundos. Foi uma coisa muito rápida, mas foi uma química excelente. Isso foi um bom sinal”, acrescentou Trump, sinalizando que o Brasil pode “se dar bem” caso trabalhe de forma conjunta com os EUA. “Sem a gente, eles vão falhar como outros falharam.”
A aproximação chamou atenção por acontecer em meio ao clima de tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos. Desde julho, a Casa Branca intensificou medidas contra o país, impondo tarifas adicionais a produtos brasileiros, sancionando autoridades e buscando influenciar decisões do Judiciário nacional.
“O multilateralismo está diante de nova encruzilhada. A autoridade desta organização [ONU] está em xeque. Assistimos à consolidação de uma desordem internacional marcada por seguidas concessões a política do poder, atentados à soberania, sanções arbitrárias. E intervenções unilaterais estão se tornando regra”, disse Lula.
CGN








