Esporte | Reforma do estatuto
Quarta-feira, 19 de Novembro de 2025
Entenda por que órgão interno do Corinthians quer barrar reforma do estatuto apresentada por Tuma
O Conselho de Orientação (Cori) do Corinthians quer o cancelamento da votação da reforma do estatuto apresentada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, alegando haver uma série de ilegalidades na proposta.
Apesar da pressão pública do Cori e da enorme resistência de conselheiros ao anteprojeto, Tuma manteve a votação no Conselho Deliberativo para a próxima segunda-feira e se manifestou com uma dura nota, escancarando mais uma disputa política nos bastidores do Parque São Jorge.
Em reunião no último dia 11, integrantes do Cori que formaram uma comissão de análise da reforma estatutária listaram uma série de irregularidades que entendem existir, não só no texto, como também nos processos internos de tramitação do anteprojeto.
O Cori é um órgão de orientação e fiscalização do clube, composto por 20 membros, sendo dez vitalícios e dez trienais.
— O anteprojeto apresentado não pretende apenas alterar ou aprimorar alguns pontos de nossa Constituição. A proposta altera mais de 90% da redação do estatuto hoje em vigor, alterando de sobremaneira as regras de associação e de votação, criando novos poderes internos e externos do clube, numa tramitação sigilosa, ilegal, sem transparência das propostas apresentadas e das sumariamente rejeitadas — diz a ata da reunião do Cori, obtida pelo ge.
— Entendemos que o procedimento adotado, além de viciado, contrasta com a transparência que se espera de uma decisão desse porte. Não há a necessidade de pressa para conhecimento, debates, avaliação e votação, tanto que o projeto ficou mais de 20 meses com a Comissão e agora, em menos de 30 dias, convocam-se assembleias para a sua análise.
O documento cita supostos descumprimentos do edital, do estatuto e de legislações, bem como discordâncias quanto ao mérito da proposta.
Na reunião da última segunda-feira, conforme ata obtida pelo ge, os membros do Cori concordaram com os apontamentos da comissão, votando pelo pedido de cancelamento da votação da reforma.








