O vigilante Gilberto Nogueira de Oliveira, 40 anos, que teve seu pênis cortado pela esposa, Daiane dos Santos Faria, 34 anos, em um incidente que ocorreu no interior de São Paulo em dezembro do ano passado, afirmou em entrevista ao Metrópoles que não tem intenção de se vingar dela. Daiane foi condenada a 4 anos, 8 meses e 20 dias de prisão pelo crime e está cumprindo pena na Penitenciária de Mogi Guaçu.

Gilberto, que ainda se declara apaixonado pela esposa, se mostrou contrário à ideia de vingança, apesar da gravidade do crime. O tema surgiu quando o juiz responsável pelo caso permitiu visitas do marido à esposa presa apenas no modelo parlatório, onde um vidro separa as duas pessoas e a conversa só pode ser feita por telefone.

Na entrevista, Gilberto afirmou que, caso tivesse algum ressentimento, o máximo que faria seria se afastar dela. O vigilante também revelou que tem ajudado a custear a equipe de defesa de Daiane e que, apesar da mutilação, leva uma vida “maravilhosa”. Ele reforçou que jamais faria mal à esposa e que ficou ao lado dela durante todo o processo, inclusive pedindo para que sua advogada não denunciasse Daiane por tentativa de homicídio.

O crime ocorreu em Atibaia, em dezembro de 2023. Daiane cortou o pênis do marido com uma navalha após descobrir que ele a traía com sua sobrinha de 15 anos. Ela jogou o órgão na privada e deu descarga, impossibilitando o reimplante. Gilberto, no entanto, diz ter perdoado a esposa e que ainda a ama. O casal retomou o contato por meio de cartas e acabou reatando.

Gilberto já visitou Daiane na penitenciária duas vezes e planeja aumentar a frequência das visitas para a cada 15 dias, apesar do custo para se deslocar até Mogi Guaçu.

CGN