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Sábado, 21 de Setembro de 2024

Alan Patrick retoma protagonismo no Inter e alimenta sonho de Seleção

Camisa 10 tem Roger como entusiasta e trabalha para colocar o time na Libertadores para ser lembrado por Dorival Júnior

O Alan Patrick que liderou o Inter na temporada passada começa a reaparecer. Após cair de produção junto ao time no período com Eduardo Coudet e sofrer com lesões, o meia voltou a ser fundamental na escalada no Brasileirão. O que o permite também sonhar com uma lembrança para defender o Brasil.

O camisa 10 sofreu uma lesão no joelho esquerdo no início da “era Roger” e ficou um mês fora dos gramados. O retorno foi gradual, com três partidas no banco. Não entrou no empate com o Cruzeiro no Mineirão, quando o Inter teve um jogador a menos quase todo jogo.

A titularidade regressou na vitória sobre o Fortaleza e se manteve no triunfo sobre o Cuiabá, com gol em ambas. O camisa 10 afirmou, depois do jogo, que ainda pensa em uma eventual convocação.

– O sonho eu alimento sempre. Enquanto estiver atuando em alto nível, acredito que seja possível. Procuro estar com a cabeça no Inter. A seleção é consequência do trabalho no clube. Sabemos a importância de o time estar bem para que jogadores possam ter a convocação – diz o capitão.

 Os gols já o colocam como o vice do período com Roger, com três, um atrás de Rafael Borré, e em segundo na artilharia com o colombiano e Wesley no ano, todos com sete, enquanto Enner Valencia segue no topo com oito.

Entretanto, não são apenas os gols que chamam atenção. A movimentação e visão de jogo do capitão voltaram a conduzir o time. A qualidade que oferece merece elogios de Roger.

Com a bola, dispensa comentários. É raro ver jogadores com esta qualidade. Direciona para onde o jogo pede.

— Roger sobre Alan Patrick

A produção ainda não é idêntica a 2023, mas já traz pitadas do que o colocou como um dos líderes na campanha que culminou com a semifinal da Libertadores. O rendimento na época o fez mirar uma lembrança pela Seleção.

Algo que se mantém. Dorival Júnior, técnico do Brasil, esteve no Beira-Rio e acompanhou o empate em 0 a 0 entre Inter e Real Tomayapo pela fase de grupos da Copa Sul-Americana.

Ciente da situação à época, Eduardo Coudet evitou preservá-lo para cativar Dorival e integrar a lista da Seleção. O que poderia alçá-lo à convocação virou frustração. Além do desempenho decepcionante junto à equipe, sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda e precisou sair no início do segundo tempo.

Quando regressou, o Colorado enfrentava turbulência e entrou em crise, que custou o emprego de Coudet. Sob a batuta de Roger e com o prestígio inabalado, chancelou as virtudes e tenta liderar o Inter a conquistar a classificação ao torneio continental. A sequência de atuações sólidas servirá como combustível para que Dorival o observe com maior carinho.

Para merecer a honraria, o jogador de 33 anos sabe o caminho. O próximo passo é liderar o Inter por mais três pontos. O adversário será o São Paulo, às 18h30, no Morumbis.

G1