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Quinta-feira, 14 de Novembro de 2024

Advogado foi morto em emboscada planejada pela esposa, diz polícia do SE

O advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Júnior, morto no fim do mês passado, foi vítima de uma emboscada armada pela própria esposa, segundo as investigações da Polícia Civil de Sergipe.

No momento do crime, a vítima havia saído para comprar um açaí, pedido pela própria esposa.

Daniele Barreto Oliveira, mulher de Lael, está presa desde a última terça (12), por suspeita de envolvimento no crime.

Em coletiva realizada nesta quarta (13), a polícia informou que o advogado foi morto em uma ação planejada pela esposa e por uma amiga dela.

A mulher é cirurgiã plástica e atuava na capital sergipana. Ela tem registro nos Conselhos Regionais de Medicina de Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro.

O motivo do crime seriam desconfianças sobre uma relação da esposa com pessoas próximas a ela, além de supostas questões relacionadas a valores financeiros em torno de um possível divórcio.

Na terça (12), foram cumpridos quatro mandados de prisão e busca domiciliar expedidos pela 5ª Vara Criminal de Aracaju, nas cidades de Aracaju e Laranjeiras, relacionadas a morte do advogado.

Um dos suspeitos, que teve a imagem divulgada, se entregou à polícia horas após a coletiva desta quarta (13). Outro investigado segue sem identificação.

Segundo a delegada Juliana Alcoforado, diretora do DHPP, a investigação apontou que a vítima tinha ciúmes de uma relação entre a esposa e pessoas próximas a ela.

“A vítima tinha fortes suspeitas, e externava para terceiros, de que a esposa estaria tendo essa relação com pessoas próximas. Pela desconfiança, ele tentou flagrá-la e houve uma discussão um dia antes do crime, no período da noite”, afirmou.
Além da relação com pessoas próximas, para o DHPP, também há indícios de que o crime também tenha ocorrido em torno da questão financeira sobre um suposto dívorcio.

“Segundo o apurado com os interrogatórios no DHPP, havia a questão da discussão pelo divórcio”, afirmou o diretor do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Dernival Eloi.

Ainda durante a investigação, imagens de câmeras de segurança mostraram que alguém com conhecimento da rotina da vítima colaborou para o crime.

“Os veículos envolvidos na ação já estavam circulando pelas imediações e somente pararam junto ao portão do prédio no exato instante em que o advogado entrava no elevador quando ia adquirir um produto solicitado pela própria esposa”, disse a delegada.

Além do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com o apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), as investigações também contam com o auxílio da Divisão de Inteligência (Dipol).

CNN.