Cotidiano

22.10.2015

RUPTURA

Nesta semana uma matéria que vi na televisão me emocionou e remeteu-me a um assunto local.

A Coréia era um só país.

Sofreu uma ruptura em função da guerra, viraram Coréia do Sul e Coréia do Norte.

Mas era uma só Coréia, formada por coreanos que de uma hora para a outra tiveram que ficar de um lado.

Irmãos, pais, avós, tios, primos e até marido e mulher foram separados pelo muro da guerra.

A ruptura social psicológica deixou sulcos nos rostos orientais de muita gente.

Durante esta semana, os portões da dignidade e do humanismo, foram abertos para que os povos se encontrassem para matar um pouco a saudade.

Velhinhos com bengala, gente de cadeira de rodas, pessoas sofridas fazendo a travessia para encontrar aqueles que há tempos não encontravam.

Olhos, velhos olhos lacrimejando de emoção, principalmente depois da nova despedida, pois foi só um momento.

Em Santa Helena e em vários outros municípios lindeiros, a Itaipu se incumbiu de promover uma ruptura social.

Muitos parentes, amigos, vizinhos, estão há mais de 30 anos sem se ver, porque um dia tiveram que ir embora daqui e por uma coisa ou outra, não conseguiram mais voltar.






Elder Boff