Contando Histórias

06.05.2015

Entrevista com o casal José Granima da Cruz e Ivone da Cruz

Na terça-feira, 07 de abril de 2015, José Granima da Cruz concedeu entrevista ao professor João Rosa Correia. Ele iniciou a conversa apresentando os nomes de seus pais, que são: Pedro Ribeiro da Cruz e Dorsolina Ribeiro da Cruz (a mãe de José faleceu quando ele era criança. Foi criado pela madrasta).

José Granima disse que seus pais nunca frequentaram os bancos escolares, no entanto, aprenderam a ler e a escrever o suficiente para assinar os documentos pessoais. E, antes de vir morar em Santa Helena, residiam no município paranaense de Marmeleiro, região sudoeste do Estado. A família de Pedro Ribeiro da Cruz era constituída por 05 filhos e 09 enteados. Obs.: Em Santa Helena, nasceram mais dois filhos com a 2ª esposa.

Para alimentar as 14 pessoas da família, Pedro trabalhava de carreiro oferendo seus serviços aos donos de serrarias do município de Marmeleiro e região. Ao ser contratado pelos madeireiros sua função constituía na retirada de toras do interior das matas que haviam sido derrubadas. Para isso, Pedro se valia do auxílio de 04 juntas de bois que ele possuía. Arrastava as toras a um explanado e na sequência os proprietários embarcavam-nas em caminhões toreiros e transportava-as até a serraria para ser beneficiadas. (Toreiros – caminhões adaptados para o transporte de madeiras “brutas” retiradas das matas).

Pelo fato de ser proprietário de vários bois de canga e exercer a profissão de carreiro, Pedro Ribeiro da Cruz, ficou popularmente conhecido no sudoeste do Paraná por Pedro Boiadeiro. Segundo José Granima, seu pai Pedro Ribeiro da Cruz tratava seus animais com tanto zelo e carinho que os mesmos dispensavam cordas para guiá-los, simplesmente atendia o comando pela voz do condutor. No entanto, Pedro abandonou esta profissão ao mudar-se do sudoeste do Paraná. Mas que motivo influenciou Pedro Boiadeiro transferir para o oeste paranaense? Vamos aos fatos e acompanhe o desenrolar dos acontecimentos.

No ano de 1963 Modesto Ribeiro da Cruz, que residia em Santa Catarina e irmão de Pedro Ribeiro da Cruz adquiriu 200 alqueires de terras na localidade do Braço do Norte e mais um sítio à esquerda da pedreira municipal de Santa Helena, local conhecido como “Cascalho”, região entre o atual Distrito de São Clemente e SubSede. Interessado em desbravar a vegetação da propriedade, Modesto fez uma proposta tentadora ao irmão Pedro oferecendo a ele 10 alqueires de terras como recompensa se viesse auxiliá-lo na derrubada das matas de suas terras. Confiando no irmão, Pedro acerta as contas em Marmeleiro, encaixota os utensílios domésticos, embarca os pertences e a família num caminhão fretado e rumam à Santa Helena. Ao chegar a Santa Helena, Pedro abriga a família no sítio que Modesto tinha no “Cascalho”.

Após assentar os familiares, eles planejam dar início na abertura dos 200 alqueires de terras no Braço do Norte. Ao iniciar a derrubada das matas, os irmãos foram surpreendidos por um grupo de homens muito bem armados que os proibiram de continuar derrubando a vegetação. Alegavam que aquela área de terra tinha dono e que desocupassem o espaço o mais rápido possível se não quisessem sofrer as consequências pela desobediência do comunicado. Modesto ainda procurou dialogar com aquele pessoal na tentativa de mostrar o contrato de compra e venda em seu nome. Seria a prova que aquela área de terras lhes pertencia. A esta altura passaram a perceber que se tratava de jagunços. Estes não deram-lhe a mínima atenção ao apelo de Modesto, comentava Pedro aos familiares, recorda José Granima.

Segundo o entrevistado, momento algum seus familiares procuraram resolver o impasse das terras com o uso de armas de fogo contra a jagunçada. Tinham consciência do poder de fogo dos jagunços e ao enfrentá-los corria enorme risco de morrerem num conflito bélico. Mesmo assim, por um período de tempo continuaram sofrendo forte pressão dos jagunços para que deixassem a região de São Clemente. A partir daí perceberam a dimensão da enrascada no qual se envolveram. As terras que acreditavam serem os legítimos donos era fruto de grilagem, infelizmente prática corriqueira e comum nas frentes de colonização do oeste do Paraná nas décadas de 1950/60.

Grilagem - A grilagem de terras é um ato ilegal, fundado na tentativa de apossamento de terras alheias ou públicas mediante uso de falsas escrituras de propriedade. O termo se deve ao uso de grilos (insetos) para dar a aparência de envelhecimento aos documentos por conta dos dejetos dos insetos sobre o papel.

Depois de muitas idas e vindas, Modesto sentindo-se prejudicado pela perca das terras que havia adquirido não se abateu por completo. Com muita coragem, determinação e mesmo correndo o risco de ser fuzilado a qualquer momento pelos jagunços, conseguiu reaver 20 alqueires dos duzentos que “comprara” anteriormente, afirma José Granima da Cruz. Neste emaranhado de problemas, Pedro e família permaneceu na propriedade do irmão Modesto na região do “Cascalho” por pouco tempo. Logo na sequência, Pedro foi contratado para trabalhar na Fazenda Paulista. Conhecida por este nome em razão dos proprietários serem do Estado de São Paulo. Disse José da Cruz que não recorda mais o nome do proprietário das terras, no entanto lembra-se do administrador da fazenda, Vanderlei, sobrinho do fazendeiro. A Fazenda Paulista estava localizada nas proximidades de São Clemente. Esta área de terra pertence atualmente ao Dr. Edmar Stieven de Santa Helena. Segundo José, os paulistas mantinham o controle das terras por meio de contratação de jagunços.

Jagunço -indivíduo que serve de guarda-costas a uma personalidade influente; capanga.

Estes “trabalhadores da bala” ficavam encarregados de percorrer diariamente os limites da propriedade para afugentar possíveis “invasores” das terras. Nesta fazenda, José disse que seu pai trabalhava derrubando as matas, plantando e colhendo lavouras para os “donos” da propriedade. Trabalho árduo e que os paulistas dificilmente remuneravam com dinheiro pelos serviços prestados. Forneciam somente alimentos. Viviam numa espécie de servidão.  Pedro Ribeiro nos momentos de “folga” caçava animais silvestres nas florestas da região. Nas caçadas que fazia quase sempre conseguia abater cotia, paca, anta, tatu, pardo e passarinhos. A carne de caça reforçava a alimentação de seus familiares. Sabendo-se que a região do Braço do Norte e adjacências foi palco de acirradas disputas pela posse das terras entre grileiros e posseiros nos anos de 1960, José Granima, assegura que os paulistas por meio de seus jagunços conseguiram expulsar uma família de posseiros de uma área de terra de 8 alqueires nas proximidades da fazenda paulista. Esta área ficava e fica a três quilômetros do centro do Distrito de São Clemente, descendo pela rua de pedras irregulares do citado distrito.

Expulsos os posseiros da pequena área de terras, os paulistas ficaram temerosos de deixá-la sem morador, propuseram ao pai de José da Cruz que fosse residir e abrir o sítio grilado. Fizeram o acordo, a negociação baseou-se na seguinte proposta, Pedro e família derrubariam as matas por conta própria e num prazo determinado de tempo poderiam explorá-la como bem entendesse. Negociação acertada restava aos pais de José Granima levantar acampamento da Fazenda Paulista e dirigir à outra “propriedade” grilada. A transferência ocorreu no ano de 1965. José Granima da Cruz continuou relatando que não era somente os paulistas os únicos grileiros de terras na região de São Clemente. Faz-se necessário citar o personagem Ifraim Machado. Esta pessoa e os paulistas na década de 1960 figuravam entre os grandes grileiros de terras da região acima mencionada. Evidentemente nesta embaralhada trama de interesses por terras devolutas através de grilagem e apossamento, seria impossível que não ocorresse confrontos armados entre grileiros X grileiros e grileiros X posseiros.

Terras devolutas: são terras públicas sem destinação pelo Poder Público e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular, ainda que estejam irregularmente sob sua posse. O termo "devoluta" relaciona-se ao conceito de terra devolvida ou a ser devolvida ao Estado

Posseiro - aquele que invade e ocupa a coisa, mesmo não tendo direito a ela. 
Que ou quem está ilegitimamente de posse de uma terra, como se dono dela fosse.

Por ter vivido na região de São Clemente, José Granima da Cruz ouvia falar dos constantes combates armados na disputas de terras e destes confrontos acontecia mortes de jagunços e posseiros. Inclusive José Granima da Cruz conheceu pessoalmente José Cassiano (apelido de gaúcho) um dos mais temidos jagunço da fazenda paulista. Considerado homem de confiança, José Cassiano comandava um grupo de jagunços contratados pelos paulistas. Seguindo as determinações de seus contratantes, conseguiam apossar-se das terras griladas em benefício dos paulistas. Ressalta o entrevistado que durante um embate entre grileiros x posseiros no ano de 1966 no Braço do Norte, o jagunço José Cassiano foi alvejado e morreu.

Logo após a morte do jagunço/gaúcho, os paulistas com receio de serem atacados por grupos de jagunços rivais e/ou posseiros, resolvem abandonar o oeste do Paraná. A partir deste episódio, deixa em definitivo a região, porque quem articulava todo aparato de proteção dos grileiros paulistas não mais existia neste caso José Cassiano.

Além dos tiroteios e mortes nas disputas de terras, José Granima da Cruz também ouvia comentários de outros tipos de atrocidades praticadas pelos jagunços aos posseiros. Vejamos alguns exemplos de maldades presenciados por José Granima da Cruz.

Certa ocasião (meados dos anos de 1960), Granima estava num antigo bar/bolão no atual distrito de São Clemente. Neste local encontrava um grupo de jagunços, ao perceber a presença de um posseiro naquele ambiente, resolveram atacá-lo. Seguraram e amarraram um barbante em suas calças próximo ao calcanhar e sem piedade obrigaram o posseiro beber sal amargo (laxante). Assim que a “bebida” começou fazer efeito, foi acometido por uma descontrolada disenteria. Os jagunços riam e debochavam do posseiro, que nada pode fazer naquele instante. José Granima na época desse fato era adolescente, ficou horrorizado com aquele ato humilhante, brutal e covarde praticado pelos jagunços.

José Granima da Cruz narrou outro episódio no qual os jagunços fizeram dele o protagonista do seguinte acontecimento. Ainda muito jovem estava indo sozinho visitar o tio Modesto Ribeiro da Cruz (Cascalho) a cavalo. De repente na “estrada” vários jagunços o abordaram e sem cerimônia tomaram-lhe o animal. Alegaram que aquele cavalo havia sido furtado da fazenda que eles “trabalhavam”. O animal tinha sido emprestado ao pai de José Granima pelos paulistas. Sem saber o que fazer, restou a José Granima descer do cavalo e percorrer o trajeto da viagem de ida e volta a pé. Acredita José Granima que não foi executado pelos jagunços naquele sertão porque era adolescente e que seu pai não se envolveu diretamente nos conflitos de terras daquela região.

Com o sumiço dos paulistas da região de São Clemente, fez com que as terras conquistadas por essa gente através de grilagem ficassem abandonadas. Isto possibilitou aos pais de José, ficar de posse dos oito alqueires grilados pelos paulistas, pois estavam abrindo as terras para eles. Nesta área de terra, Pedro Ribeiro da Cruz e família permaneceram até o ano de 1975. Para alimentar a família, Pedro plantava milho, feijão, arroz, mandioca. No início da década de 1970 ocorre a mecanização das propriedades agrícolas do oeste paranaense. Pedro mecaniza as terras e também passa a plantar soja. Paralelamente à plantação de lavouras, criavam: porcos, galinhas, vacas leiteiras e algumas cabeças de gado bovino para o abate. Às vezes, Pedro e os vizinhos de terras trocavam produtos alimentícios, como por exemplo: milho por arroz, porco por galinha, galinha por ovos, etc.

No comércio de São Clemente vendia o excedente de produção e conforme escassez de dinheiro permutava galinha por açúcar, milho por farinha de trigo, mandioca por querosene, entre outras trocas. Pedro Ribeiro da Cruz chegou a produzir fumo que negociava com a Empresa Santa Cruz e posteriormente com a Souza Cruz. Com a abertura da casa comercial de João Stein o início da década de 1970 em Entre Rios do Oeste, por diversas vezes, Pedro Ribeiro da Cruz negociou naquele comércio, seja comprando alimentos e utensílios domésticos ou vendendo seus produtos agrícolas. Ainda segundo José da Cruz, em 1975 apareceu na casa de seus pais, algumas pessoas que se diziam agentes do governo federal (INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) propondo regularizar as terras e que detinham poderes legais para emitir escritura pública.

Pedro da Cruz, desconfiado e receoso de ser pessoas vigaristas, ao lembrar que no passado foram ludibriados por falsos corretores de imóveis, se quer procurou informar-se na prefeitura, cartório de registro de imóveis e advogados para saber da veracidade ou não dos supostos agentes do Estado Brasileiro. Depois de terem enfrentado jagunços, falta de infraestrutura, enfim, e outros inúmeros desafios na região de São Clemente, Pedro Ribeiro da Cruz, com medo de perder a posse da terra, resolveu vendê-la. Negociação realizada, Pedro e família foram residir no Paraguai. Neste país negociou cinco alqueires de terras e lá continuaram a trabalhar na agricultura. Com idade avançada Pedro Ribeiro da Cruz retorna ao Brasil e falece no ano de 2003 aos 93 anos na cidade de Assis Chateaubriand. A partir daqui segue mais especificamente a história de José Granima da Cruz/Ivone da Cruz (entrevistados). Ele nasceu em Curitibanos – SC, no dia 13 de fevereiro 1950. Disse Granima que passou a infância e juventude trabalhando com os pais nas atividades agrícolas. Estudou até a quarta série do antigo primário (corresponde atualmente ao 5º ano do ensino fundamental) na Escola Municipal Emílio Riba de São Clemente. Mais tarde resolveu retornar aos estudos e conseguiu concluir o Ensino Fundamental Série Finais (6º ao 9º Ano) pelo Supletivo em Santa Helena.

Como qualquer criança e/ou adolescente, José Granima também gostava de jogar futebol de campo. Praticamente uma das únicas diversões que havia no início da colonização naqueles idos tempos. Participou ativamente na condição de titular do Esporte Clube Internacional de São Clemente na década de 1970. Integrou a equipe que se sagrou campeã do primeiro campeonato municipal de Santa Helena em 1971. Participou do time de futebol do Grêmio da Linha Verde (local próximo a ponte de ligação entre Santa Helena e o distrito de Sub Sede antes da formação do Lago de Itaipu - 1982) e do Grêmio de Vista Alegre do município de Entre Rios. Atuava na posição de lateral esquerdo. Atualmente faz parte da equipe de futebol suíço dos veteranos do DER – Departamento de Estrada e Rodagem de Santa Helena. Reside no bairro Baixada Amarela na Rua Argentina 231, desde 1990.

Antes de fixar residência neste bairro, residiu em outras casas na sede do município de Santa Helena e em São Clemente. Quando os pais de Granima negociam a posse de terra em São Clemente (1975) e imigram para o Paraguai, este resolveu acompanhá-los. Porém, em 1976 retorna a Santa Helena e casa com Ivone Buche, filha de Fedrolino Buche e Irmgard Schindwein Buche (agricultores em São Clemente).

Ivone nasceu no município de Três Passos - RS no dia 01 de abril de 1959. Ainda menina, sua família transferiu residência para o distrito de Santa Cecília, município de Planalto, sudoeste do Paraná. Naquele distrito cursou o antigo primário (quarta-série – atualmente 5º ano). A família de Ivone resolve procurar outra localidade para viver. No ano de 1971 seus pais deixam Planalto e vem diretamente a São Clemente. Adquirem uma posse de terras em frente do Campo do Internacional de São Clemente. Residindo em Santa Helena completou os estudos no nível de Ensino Médio no Supletivo de Santa Helena. Após tornar-se funcionária estatutária do Paraná, concluiu a formação do programa Pró-funcionário em Toledo. Duração de dois anos de estudos que permite o funcionário avançar na carreira e com isso obter vantagens salariais.

Da união matrimonial entre José Granima da Cruz e Ivone da Cruz, nasceram cinco filhas, que são: Janete da Cruz, Janisse da Cruz, Serlene da Cruz, Beatriz da Cruz e Josiane da Cruz, nascidas no distrito de São Clemente/Santa Helena. José Granima da Cruz e esposa não possuíam áreas de terras agricultáveis e nem comércio para trabalhar por conta própria. Sendo assim, para sustentar a família, o casal trabalhava nas derrubadas de matas, roçadas de pastos, limpando soja, ora de empreita ou recebendo diárias pelos dias trabalhados. Mas também prestou serviço em uma laminadora que ficava na Linha Verde (próxima a atual Ponte de ligação entre Santa Helena e Sub Sede). Nestes trabalhos ficaram até 1991. A partir de desse ano, José Granima da Cruz passou a trabalhar de servente de pedreiro em Santa Helena.

Após um período de tempo, conseguiu aprender a profissão de pedreiro o que lhe possibilitou construir e reformar diversas residências em Santa Helena e região. Trabalhava por conta própria e em outros momentos como empregado de firmas do setor da construção civil. Na condição de empregado, trabalhou seis anos de pedreiro na Cootrasan – Cooperativa dos Trabalhadores de Prestação de Serviço de Santa Helena; supervisor por três anos e oito meses na IBIDEC – Instituto Brasileiro de Integração e Desenvolvimento Pró-cidadão em Santa Helena e aproximadamente oito anos na empresa Ataque Serviços de Segurança e Vigilância LTDA, também de Santa Helena. A essa altura, a esposa Ivone deixa de trabalhar no campo e passa a trabalhar em casas de família na sede do município como diarista e/ou mensalista.

No ano de 1997, Ivone da Cruz é contratada pela SEED – Secretaria de Estado da Educação (Paraná Educação) para trabalhar no setor de serviços gerais na Escola Estadual Graciliano Ramos. Em 2009 conseguiu ser aprovada no concurso público do Estado do Paraná tornando funcionária efetiva como Agente 01. Trabalho que vem exercendo até a presente data na mesma escola. E assim, o casal segue o caminho de suas existências...

Mensagem do casal José Gramina da Cruz/Ivone da Cruz.

“Apesar de toda luta e sofrimento que passamos no decorrer dos anos, conseguimos constituir e formar uma família linda e maravilhosa. É o bem mais precioso que temos. Pela nossa família faríamos tudo novamente. Com a graça de Deus, perseverança e dedicação, estamos sossegados. Amamos de coração a nossa Santa Helena. Acrescentou José Gramina da Cruz: sonho um dia ver o nome de meu pai Pedro Ribeiro da Cruz ser homenageado com nome de rua, ou de qualquer outro espaço público na localidade de São Clemente. Seria o reconhecimento do trabalho de uma pessoa que muito fez a aquela comunidade quando estava iniciando a colonização”.

“Agradeço ao casal, José e Ivone, em conceder a entrevista. Os depoimentos relatados por eles, certamente enriquecerá a história da colonização de Santa Helena. Por conta disso, se faz necessário registrar a história individual das pessoas ditas “comuns”, pois, como integrantes e partícipes do mosaico humano e que ao longo da caminhada de suas vidas contribuíram e continuam contribuindo para o engrandecimento da sociedade pelo qual estão inseridos e que os livros de história quase sempre não os citam como sujeitos históricos”.

História do Povoamento de SANTA HELENA contada através de POESIA escrita por Santa-helenense. A letra enfatiza as dificuldades dos colonos no início da colonização e os confrontos armados no atual distrito de São Clemente.



Bois carreiros de Pedro Ribeiro da Cruz. Aparece segurando o filho José G.da Cruz (3 anos de idade).  1ª pessoa a esquerda da foto - Moisés R da Cruz e o último José Vidal Queiróz, cunhado de Pedro Ribeiro. Ano desta foto 1953. Bois carreiros de Pedro Ribeiro da Cruz. Aparece segurando o filho José G.da Cruz (3 anos de idade). 1ª pessoa a esquerda da foto - Moisés R da Cruz e o último José Vidal Queiróz, cunhado de Pedro Ribeiro. Ano desta foto 1953.
Nomes dos bois de canga - ponteiros Mineiro e Gaúcho - meio Pintado e Manchado - últimos Bonito e Bem Feito. José Granima da Cruz aparece sobre um dos animais. Seguro pelo pai Pedro R. da Cruz. Ano 1953 Marmeleiro (Sudoeste PR). Nomes dos bois de canga - ponteiros Mineiro e Gaúcho - meio Pintado e Manchado - últimos Bonito e Bem Feito. José Granima da Cruz aparece sobre um dos animais. Seguro pelo pai Pedro R. da Cruz. Ano 1953 Marmeleiro (Sudoeste PR).
Pedro Ribeiro da Cruz (boiadeiro - carreiro e agricultor) e a filha Beatriz. Na sua residência em Assis Chateaubriand. Década de 1990. Pedro Ribeiro da Cruz (boiadeiro - carreiro e agricultor) e a filha Beatriz. Na sua residência em Assis Chateaubriand. Década de 1990.
Pedro Ribeiro da Cruz (camisa preta), esquerda: José Granima da Cruz, no colo o neto Ricardo Eggers, filho de Luis Eggers (direita da foto). Pedro Ribeiro da Cruz (camisa preta), esquerda: José Granima da Cruz, no colo o neto Ricardo Eggers, filho de Luis Eggers (direita da foto).
Policiais do exército no destacamento que foi instalado em São Clemente no início da década de 1970 com a finalidade de por fim aos conflitos agrários na região e regularizar as terras em litígios. Policiais do exército no destacamento que foi instalado em São Clemente no início da década de 1970 com a finalidade de por fim aos conflitos agrários na região e regularizar as terras em litígios.
Time de futebol suíço em que José Granima da Cruz integrava quando residiu no Paraguai entre 1975 - 1976. Local Troncal Quatro, atualmente chama-se Boa Esperansa. Time de futebol suíço em que José Granima da Cruz integrava quando residiu no Paraguai entre 1975 - 1976. Local Troncal Quatro, atualmente chama-se Boa Esperansa.
Primeira da direita para a esquerda Ivone da Cruz – Sociedade de Damas – Estrela Dalva de São Clemente. Meados da década de 1970. Primeira da direita para a esquerda Ivone da Cruz – Sociedade de Damas – Estrela Dalva de São Clemente. Meados da década de 1970.
Casal Veleda Bender e Bronildo Bender acompanhados do amigo José Granima da Cruz. Personagens que ajudaram desbravar a região de São Clemente a partir dos meados da década de 1960. Casal Veleda Bender e Bronildo Bender acompanhados do amigo José Granima da Cruz. Personagens que ajudaram desbravar a região de São Clemente a partir dos meados da década de 1960.
José Granima da Cruz é o primeiro da direita e equipe quando trabalhava de pedreiro na reforma do Col. Est. Prof.ª Verônica Zimmermann de S. Clemente pela construtora Verde Lago daquela localidade. Empresário César Stein. Déc 90. José Granima da Cruz é o primeiro da direita e equipe quando trabalhava de pedreiro na reforma do Col. Est. Prof.ª Verônica Zimmermann de S. Clemente pela construtora Verde Lago daquela localidade. Empresário César Stein. Déc 90.
Casa José Granima da Cruz e Ivone da Cruz. Década de 1990. Casa José Granima da Cruz e Ivone da Cruz. Década de 1990.
Foto da família José Gramina da Cruz. Missa de crisma da sobrinha Ana Line em Missal em 2007. Foto da família José Gramina da Cruz. Missa de crisma da sobrinha Ana Line em Missal em 2007.
Empresa Ataque, em que José Granima da Cruz trabalhou como vigilante na década de 2000 em Santa Helena. Empresa Ataque, em que José Granima da Cruz trabalhou como vigilante na década de 2000 em Santa Helena.
Empresa COOTRASAN no qual José Granima da Cruz trabalhou de pedreiro. Década de 1990. Empresa COOTRASAN no qual José Granima da Cruz trabalhou de pedreiro. Década de 1990.
Capa da Carteira de Trabalho em que aparece o nome da E.E.G. Ramos de Santa Helena em que Ivone da Cruz trabalha desde 1997. Capa da Carteira de Trabalho em que aparece o nome da E.E.G. Ramos de Santa Helena em que Ivone da Cruz trabalha desde 1997.
Carteira de Trabalho de Ivone da Cruz. Carteira de Trabalho de Ivone da Cruz.
Contratação de Ivone da Cruz para trabalhar na E.E.G. Ramos, Santa Helena-PR. Contratação de Ivone da Cruz para trabalhar na E.E.G. Ramos, Santa Helena-PR.
Ivone da Cruz e José Granima da Cruz. 07 de Abril de 2015. Ivone da Cruz e José Granima da Cruz. 07 de Abril de 2015.
José Granima da Cruz e Ivone da Cruz. 07 de abril de 2015. José Granima da Cruz e Ivone da Cruz. 07 de abril de 2015.
Residência de José Granima da Cruz e Ivone da Cruz. Rua Argentina, 231 - Santa Helena. Residência de José Granima da Cruz e Ivone da Cruz. Rua Argentina, 231 - Santa Helena.

Prof. João Rosa Correia e José Granima da Cruz. 07 de abril de 2015. Prof. João Rosa Correia e José Granima da Cruz. 07 de abril de 2015.

João Rosa Correia