Cotidiano

09.09.2007

AGOSTO - 2007

Taxa, pra que taxa!

O Brasil continua sendo campeoníssimo em desigualdade social. Essa constatação já é feita há muito tempo. O que fazer para modificar essa realidade? Diminuir a desigualdade. Parece simples e muito objetivo, mas precisa ser posto em prática. Quando fui alcançado por um telefonema do Luis Freimüller da Movelândia, pedindo para que no programa dos sábados da Grande Lago, ecoasse um pedido para que os usuários da telefonia taxada se manifestassem pedindo aprovação do projeto que vai acabar com a volúpia das empresas de telefonia, me senti um ajudante no processo de transformação do bolo da distribuição de renda. Os grandes grupos de telefonia continuam somando milhões no balancete financeiro, porque além do custo de cada ligação, cobram uma taxa mensal de mais de R$40,00 para o telefone residencial e quase R$60,00 para os comerciais.

 

Fazendo a festa dos ricos

Ligue para o telefone 0800 619 619, em horário comercial, não fale nada, espere para falar com uma atendente. Diga que é para votar a favor do cancelamento da taxa do telefone fixo. Desta forma, você faz pressão popular em cima dos deputados que estão enrolando para votar esta lei que tanto ajudará grande parte do povo brasileiro. Só para fazer uma continha rápida, se você tem telefone residencial há 10 anos, já pagou em taxa, para o deleite dos acionistas das empresas de telefonia, aproximadamente R$5.000,00. Por isso, a maioria do povo continua remediado, enquanto que os gigantes das telecomunicações se assoberbam cada vez mais. Xô taxação, valeu “Luisinho”!

 

Recontagem

Vários municípios que viram sua população despencar com o censo do IBGE nos últimos tempos tem recorrido à recontagem da população para estabelecer ou restabelecer uma realidade mais plausível. Pelo menos enquanto escrevo esta página, não havia informação oficial sobre o número de habitantes do município de Santa Helena. Fiquei apavorado quando ouvi comentários de que o recenseamento poderia apontar uma população de 16, 18 mil habitantes. Seria um absurdo e perderíamos em repasse do FPM, PAB fixo da saúde, AIH, pela ordem, Fundo de Participação dos Municípios, Piso de Atenção Básica e Autorização de Internamento Hospitalar. Os recursos repassados são relacionados diretamente ao universo populacional. Muitas mudanças têm saído de Santa Helena, isso é factível. Mas outras tantas têm aportado por aqui. O vereador Valdir Osório disse que vai registra indicação pedindo a recontagem, caso haja necessidade.

 

Nelton, o incansável!

Existem pessoas que são fonte inspiradora da prosperidade. Não me refiro ao ato de enriquecer pura e simplesmente amealhando bens perecíveis. A palavra prosperidade neste caso liga mais à persistência, entusiasmo. Aliás, entusiasmo significa ter Deus no coração, fonte inspiradora de qualquer vontade continuada. Quando paramos de pensar somente na nossa circunferência umbilical e pregamos para que daqui a 50 anos o mundo seja melhor, estamos exercitando uma qualidade irrefutável.  De ex-militante contra a pouca valoração das terras dos expropriados da Itaipu, Nelton Miguel Friedrich passou a ser o homem que coordena ações junto aos lindeiros, agregado pela mesma binacional. Numa gestão diferenciada de Samek (Jorge, diretor geral brasileiro da Itaipu Binacional), Nelton se encaixou direitinho, fazendo fluir um programa fantástico que vai retornar nossas águas à limpidez tão almejada. O programa “Cultivando a Água Boa” precisava de um entusiasta e este se moldou na figura do ex-deputado nota 10.

 

Seu Setembrino

Os olhos de Setembrino Casanova brilhavam depois da cerimônia do pacto em prol do córrego Barrocas, em Sub-Sede. Elevar os homens simples à categoria de importantes

no processo de ressurgimento de águas claras é fator preponderante. Cultivar a água boa é, indubitavelmente, cultivar gente boa no processo!

  

50 mil dólares 

Ou pouco mais de 100 mil reais por mês, neste ano, é o valor que Santa Helena será obrigada a aplicar em investimentos em decorrência do recebimento de royalties da Itaipu. Acontece que o Tribunal de Contas do Estado, retrocedeu numa determinação anterior, que obrigaria os municípios impactados, de aplicar 25% este ano, 50% ano que vem 75% em 2009 e 100% dos royalties em investimentos até 2010. Essa decisão estava atormentando os prefeitos atuais dos municípios lindeiros. O cálculo para a folha de pagamento, não mais incluiria os royalties e gradativamente, iria diminuir a possibilidade de emprego na prefeitura, chegando até a necessidade de demissão de funcionários concursados. Mas isso tudo acabou mudando, ou pelo menos, sendo protelado. Agora, ao invés dos 25% ao ano, a partir deste ano, os lindeiros deverão investir 5,88% até 2023, daí sim os 100% se completarão. Pena que isso não foi pensado 18 anos atrás, talvez houvesse hoje, municípios muito mais fortes. A estrutura destes municípios foi aumentando, as prefeituras inchando e agora o processo invertido, gradativo, deverá ser feito, para garantir os investimentos que gerem musculatura e não gorduras. Se fosse mantida a medida anterior, hoje, Santa Helena teria que investir cerca de R$500 mil por mês. Para o prefeito de Santa Helena, Giovani Maffini, o problema maior para Santa Helena, se fosse mantida a situação anterior, era sobre o cálculo dos limites de pessoal, pois, no que tange aos investimentos, seu governo investirá mais dos que os 25% de royalties em 2007, na geração de emprego e renda. “É o que sempre defendemos, fazendo sacrifícios no custeio para ganhar a médio e a longo prazos, nos investimentos”, explica Gico.

  

Juiz da CBF

Evandro Rogério Roman nos brindou esse mês, com uma participação especial no nosso programa pela rádio. Depois, visitamos alguns amigos em Santa Helena e São Clemente, onde o juiz fez questão de se encontrar com Oldemar Prediger, com quem fez curso de arbitragem junto. Gico, Aldemir Guerino e Airtinho também “trocaram idéias” com Roman, sensação do campeonato brasileiro até aqui. Rui Regis de Morais Rechia é outro grande amigo de Evandro Roman. Ele apitou até domingo dia 19 de agosto, 12 partidas, de 20 rodadas realizadas. É o que mais atuou até agora. Partilhou um almoço em família na véspera do dia dos pais, na minha casa. Seu Aquelino, aquele da Barraquinha, visitava a gente e a história do pato fujão concorreu com a culinária do dia!

 

Elder Boff