Cotidiano

19.08.2015

À ESPREITA

De vez em quando somos surpreendidos de forma desagradável ao receber uma correspondência indicando uma multa de trânsito.

Tem um lugar na BR 163 entre o oeste e o sudoeste do Paraná, que não me recordo bem onde é, que tem um verdadeiro alçapão pra multas.

A linha pontilhada oferece a condição de ultrapassagem.

Ocorre que na sequência, tem um pardal e logo começa a faixa dupla.

Não tem aviso antes do pardal quando começa a linha pontilhada, trecho que permite ultrapassar o outro veículo.

A gente começa a ultrapassagem e dá de cara com o pardal limitador de velocidade.

É ou não uma armadilha?

Outro dia estava me deslocando entre Toledo e São Pedro do Iguaçu, um guarda rodoviário num lugar estratégico, depois de uma reta mais ou menos longa, escondido num matinho, com sua moto amoitada da mesma forma.

O limite é 80 km/h, estava a 90: Multa.

A espreita foi bem feita, só faltou o guarda estar com um chapeuzinho de capoeira e aqueles trajes camuflados.

Passei mesmo do limite e fazer o que? Pagar a multa, IPVA, imposto no combustível, nas peças, na compra do carro e ajudar o governo a arrecadar bastante para reinvestir nas nossas rodovias, imaginando que um dia elas ficarão impecáveis.

Outro dia, semana passada, foram feitas denúncias em São Paulo de que guardas recebiam ordem de metas para multar.

Imaginemos que por aqui, esta espreita não signifique isso, mas que dá pra desconfiar, isso dá.

Definitivamente temos que nos reeducar, andar bem de acordo com a regra e chorar num carro 3.0, andando com pé no freio.



Elder Boff