28.07.2008

2ª QUINZENA - JULHO 2008

“Nenhum homem é bastante bom para governar a outro sem seu consentimento.” Abraham Lincoln

Quero iniciar este artigo dizendo da responsabilidade que recai sobre os ombros de todos os homens e mulheres que desejam ser livres, honestos e poder ter discernimento tanto com os seus filhos quanto com tudo ao seu redor.
Apenas a doçura não leva a nada, há que se ter a vontade de responsabilidade, o caráter, que, aliás, é forjado em casa e construído por outros princípios (por isso que se diz se não conheces os pais do outro, não aposte fichas que não deve ser coisa boa).
A escolha, segundo Platão, se resume em três momentos personalíssimos de cada eleitor: 1) o desejo; 2) a vontade (possibilidade), 3) a opinião. E este desejo, esta vontade há de ser respeitada com responsabilidade, ética e probidade.
Analisando o problema da ética, entendida como doutrina do valor do bem e da conduta humana que visa realizar, é preciso saber que ela não é senão uma das formas de atualização ou de experiência de valores.
Este intróito está a iniciar uma cadeia de explicações que nos cabe fazer, senão vejamos: o sistema jurídico brasileiro vem de formas mais diversas possível: o Supremo Tribunal Federal – STF é o órgão máximo do poder judiciário e tem apenas a finalidade de examinar e ser o guardião da Constituição; o Superior Tribunal de Justiça – STJ é o órgão que atende os recursos dos diversos Tribunais, sejam Federais e ou Estaduais, nos Recursos Especiais e/ou Extraordinário (STF) e há ainda o Superior Tribunal Eleitoral, que cuida dos recursos dos Tribunais Regionais Eleitorais.
Há uma coisa que queremos refletir com você, meu caro: nenhuma matéria de interesse da sociedade, no campo da decência, ética e probidade, tem tido a participação do Poder Legislativo, Executivo, tão somente da sociedade pela CNBB e pelo Poder Judiciário, vejam: os mandatos de vereadores, que são dos partidos, queriam os deputados e senadores dizer que era do agente político, mas quando concorrem usam e abusam da sigla do partido. Agora existe um movimento (novamente pelo Poder Judiciário) que pretende fazer com que os candidatos a prefeito e vereadores, estejam com suas fichas limpas, aplicando o artigo 37 da Constituição e o artigo 14 do Código Eleitoral.
Vejam bem, senhores, qualquer cidadão que queira concorrer a um cargo para Polícia Rodoviária Federal, se tiver com processos na ficha, independente de julgados ou não, não pode se inscrever, se for para juiz, também não pode se inscrever, para a polícia não pode se inscrever e porque para prefeito, vereador e presidente pode? Gozado. E a ética, a moral, a improbidade, a legalidade, a decência? Vão pensar que é apenas um mito.