Cotidiano

23.02.2008

2ª QUINZENA FEVEREIRO 2008

A volta da areia

Nunca fui nem mediano jogador de bochas e outro dia, depois de tanto tempo sem rolar uma, arrisquei no ponto e até que me saí razoavelmente bem. Foi na cancha do Clube União que é de areia, incrementada com calcário, dando ares até diferentes. Perguntei pros parceiros qual era a preferência, se o piso sintético ou aquele sobre o qual sapateávamos. A resposta foi unânime. Ninguém quer saber mais das ditas canchas sintéticas, salvo um ou outro jogador que tenha se adaptado. O Bar do Valdir, do Canísio e outros, nem cogitaram modernizar o esporte e vêem todos os dias, os clientes se acumulando ao redor das suas respectivas velhas canchas. Ouvi falar que querem em algumas comunidades, retornar ao que era e quebrar as canchas de material. Nas canchas sintéticas o cara precisa ter um tato profissional para largar a bocha. Escorregou da mão, a bichinha sai que sai correndo em disparada rumo ao fundo. Já na de areia não. A força também precisa ser controlada é claro, mas nem de perto se exige no terreno de areia a delicadeza de largar uma bocha como na outra modalidade de chão.

Mas agora, o que fazer depois daquela onda de canchas sintéticas espalhadas por todo o município. Per capita, Santa Helena tinha o maior número de canchas sintéticas de que se tem notícia por este mundo afora. Devagar, acho que elas irão sumir. Pra muitos, não vale a pena reformá-las quando começa a deterioração. Acredito que irá mesmo, voltar a ser de areia, uma por uma, menos naquele espetáculo de canchas que estão nos fundos do ginásio da sede. De repente, só elas ficarão para contar a história e receber os campeonatos que exijam canchas sintéticas. Agora, pra diversão, viva as canchas de areia!

Elder Boff